O macaco só olha no rabo do outro.
Provérbios Africanos
Critica a tendência de notar e censurar as falhas alheias enquanto se ignora ou minimiza as próprias.
Versão neutra
As pessoas tendem a reparar nas falhas dos outros e a não ver as suas próprias.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que alguém critica ou repara nas falhas de outra pessoa, ignorando ou não reconhecendo as suas próprias falhas. É uma observação sobre hipocrisia e falta de auto‑consciência. - É apropriado usar este provérbio em contextos formais?
Por regra, não. A expressão é coloquial e contém linguagem potencialmente ofensiva; em contextos formais é preferível usar uma versão neutra ou dizer diretamente que alguém está a ser hipócrita. - Há alternativas menos ofensivas?
Sim. Frases como 'não vê as próprias falhas' ou 'quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras' transmitem ideia semelhante sem a metáfora grosseira. - Este provérbio tem uma origem literária ou histórica conhecida?
Não há registo de origem literária precisa; trata‑se de um provérbio popular de tradição oral usado em comunidades de língua portuguesa.
Notas de uso
- Uso coloquial e frequentemente crítico — dirige-se a pessoas que apontam defeitos nos outros sem autoavaliação.
- Pode soar pejorativo ou ofensivo devido à metáfora (animal e referência ao ânus); evitar em contextos formais ou sensíveis.
- Equivale a chamar alguém de hipócrita ou de falta de auto‑consciência; usar com cuidado para não intensificar conflitos.
Exemplos
- Quando João criticou a falta de pontualidade do colega, Maria sentenciou: 'O macaco só olha no rabo do outro' — visto que ele chega sempre atrasado.
- Em reunião, a diretora chamou a atenção para que ninguém se esquecesse de avaliar também os próprios procedimentos: 'Não vale ser o macaco que só olha no rabo do outro.'
Variações Sinónimos
- Quem tem telhado de vidro não atira pedras
- O burro falando de orelhas
- Apontar o dedo sem ver as próprias manchas
- Olha para o rabo do vizinho
Relacionados
- Quem tem telhado de vidro não atira pedras
- O pot calling the kettle black (equivalente em inglês)
- O burro falando de orelhas
Contrapontos
- Apontar falhas alheias pode ser legítimo quando tem por objectivo corrigir práticas nocivas ou promover segurança.
- A auto‑crítica nem sempre está ausente; chamar alguém de hipócrita sem avaliar o contexto pode silenciar denúncias válidas.
- Diferenciar entre crítica construtiva (focada em melhorar) e ataque moralizante é importante antes de aplicar este provérbio.
Equivalentes
- Inglês
The pot calling the kettle black / People who live in glass houses shouldn't throw stones - Espanhol
El burro hablando de orejas / El que tiene tejado de vidrio no debe tirar piedras - Francês
C'est l'hôpital qui se moque de la charité / Qui vit dans une maison de verre ne jette pas de pierres - Alemão
Wer im Glashaus sitzt, sollte nicht mit Steinen werfen