 A gente pensa não ter vícios, quando não tem os dos outros.
		
		A gente pensa não ter vícios, quando não tem os dos outros.
					Observação de que as pessoas tendem a considerar-se sem falhas quando as falhas que percebem são as dos outros; crítica à falta de autocrítica e à hipocrisia.
Versão neutra
As pessoas tendem a achar que não têm vícios quando não têm os vícios que veem nos outros.
Faqs
- O que significa este provérbio?
 Significa que as pessoas tendem a considerar-se livres de defeitos quando comparam os próprios comportamentos com os dos outros e não reconhecem os seus próprios vícios; é uma crítica à falta de autocrítica e à hipocrisia.
- Quando é apropriado usar este provérbio?
 Em discussões sobre moral, ética ou comportamento social, especialmente para apontar julgamentos injustos ou quando alguém acusa outros sem se autoavaliar.
- É um provérbio ofensivo?
 Pode ser percebido como acusatório se dirigido a alguém em particular. Melhor usá-lo de forma geral ou num contexto reflexivo para evitar ofensa.
Notas de uso
- Registo: coloquial/popular; usado em contexto crítico ou reflexivo.
- Uso típico: para apontar hipocrisia, parcialidade no julgamento moral ou falta de autoconhecimento.
- Tom: pode soar acusatório; usar com cuidado em conversas pessoais para evitar confronto.
- Contextos adequados: discussões sobre comportamento, ética quotidiana, relações sociais e política.
Exemplos
- No debate sobre corrupção, ele lembrava: 'A gente pensa não ter vícios, quando não tem os dos outros', para chamar atenção à hipocrisia de acusar apenas adversários.
- Quando a equipa criticou o atraso do colega, a gerente respondeu: 'A gente pensa não ter vícios, quando não tem os dos outros' — queria que cada um fizesse autoavaliação antes de apontar.
Variações Sinónimos
- Acha-se sem defeitos quem não vê os defeitos alheios.
- Quem não tem os vícios dos outros julga-se sem vícios.
- Cada um julga-se inocente enquanto ignora os vícios dos outros.
- Vê-se livre de vícios quando apenas compara com os demais.
Relacionados
- Vê a palha no olho alheio e não repara na trave no seu.
- Casa de ferreiro, espeto de pau.
- Quem muito aponta o dedo, esquece os três que o apontam para si.
Contrapontos
- Nem sempre a ausência de um vício dos outros implica arrogância; pode haver genuína diferença de comportamento.
- A autocrítica é possível e algumas pessoas reconhecem e trabalham os próprios vícios sem precisar comparações.
- Contextos culturais e socioeconómicos podem explicar diferenças de comportamento mais do que hipocrisia.
Equivalentes
- inglês
 People think they have no faults when they don't share the faults of others.
- espanhol
 La gente cree no tener vicios cuando no tiene los de los demás.
- francês
 On pense ne pas avoir de vices quand on n'a pas ceux des autres.