A guerra vive da guerra

A guerra vive da guerra.
 ... A guerra vive da guerra.

Os conflitos tendem a perpetuar‑se pelas dinâmicas, interesses e reações que eles próprios criam.

Versão neutra

A guerra alimenta‑se das dinâmicas que ela própria cria.

Faqs

  • O que quer dizer exactamente este provérbio?
    Significa que os conflitos tendem a perpetuar‑se por reação, interesses e estruturas que surgem durante a guerra — por exemplo, ciclos de retaliação, ganhos económicos e normalização da violência.
  • É um argumento que justifica a guerra?
    Não. O provérbio descreve uma dinâmica observada; não a valida. Frequentemente é usado criticamente para alertar contra interesses que prolongam os combates.
  • Em que contextos se pode usar?
    Em análises de conflitos armados, debates políticos, crónicas jornalísticas ou de forma metafórica para referir qualquer situação em que o confronto se auto‑alimentou.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há registo de uma fonte histórica única; é uma formulação proverbial que circula em discursos sobre guerra e paz.

Notas de uso

  • Usa‑se tanto em sentido literal (conflitos armados) como figurado (situações de confronto prolongado: lutas políticas, rivalidades económicas).
  • Tem uma conotação crítica ou realista: sublinha mecanismos de auto‑alimentação do conflito (retaliação, interesses económicos, normalização da violência).
  • Registo: geralmente neutro ou crítico; evita‑se como justificação da guerra.
  • Ao empregar o provérbio convém clarificar a que dinâmicas se refere (p. ex. escalada militar, lucros de guerra, radicais que recrutam mais apoiantes).

Exemplos

  • Depois de anos de confrontos, ficou claro que a guerra vive da guerra: cada ataque provocava uma resposta mais violenta e o ciclo não parava.
  • O relatório do think‑tank alertava que, sem mecanismos para travar os incentivos económicos e políticos, a guerra vive da guerra e a paz será difícil de alcançar.

Variações Sinónimos

  • A guerra alimenta‑se
  • A guerra alimenta‑se a si própria
  • Guerra gera guerra
  • A violência cria mais violência

Relacionados

  • Quem semeia vento colhe tempestade
  • A violência gera mais violência
  • O ciclo da retaliação

Contrapontos

  • A guerra pode terminar se houver vontade política, meios diplomáticos e acordos que quebrem as dinâmicas de conflito.
  • Programas de reconciliação e desarmamento mostram que o ciclo não é inevitável: a guerra não tem de viver da guerra.

Equivalentes

  • English
    War begets war / War feeds on war
  • Español
    La guerra engendra más guerra
  • Français
    La guerre engendre la guerre