A boa guerra faz a boa paz.

Sugere que uma guerra julgada justa ou bem conduzida pode gerar uma paz mais estável ou legítima.

Versão neutra

Uma guerra considerada justa ou bem dirigida pode conduzir a uma paz mais duradoura.

Este provérbio justifica qualquer guerra?
Não. O provérbio refere‑se à ideia de que uma guerra considerada 'boa' — justa nos motivos e nos meios — pode produzir uma paz melhor. A sua aplicação exige análise ética, legal e factual caso a caso.
Onde é que este provérbio é mais usado?
Aparece sobretudo em discursos políticos, debates sobre intervenções armadas, análises históricas e discussões sobre reconciliação pós‑conflito. Também se usa de forma metafórica fora do contexto militar.
Que cuidados devo ter ao usar esta expressão?
Evite empregá‑la de forma leve ou para legitimar violência sem discussão. Contextualize, esclareça o que entende por 'boa' guerra e considere as consequências humanitárias e legais.

Usa‑se em contextos políticos, militares e éticos para justificar que um conflito pode ser necessário para alcançar uma paz duradoura.
Tomar o provérbio ao pé da letra pode legitimar violência; deve ser usado com cautela e acompanhado de reflexão sobre justiça e consequências.
Registo: formal/institucional; pode aparecer em análises históricas, discursos políticos e comentários sobre reconciliação pós‑conflito.
Não implica que toda guerra seja justificável; a validade depende do critério de justiça, objetivos e meios empregados.

Em debates sobre intervenção internacional, alguns argumentaram que 'a boa guerra faz a boa paz' para justificar uma operação que visava pôr termo a um regime opressor.
No pós‑conflito, historiadores afirmaram que a reorganização e as reformas impostas depois da vitória foram decisivas para que a nova paz se mantivesse — um exemplo do entendimento de que 'a boa guerra faz a boa paz'.
Num contexto organizacional: enfrentar um problema interno de forma firme pode resolver tensões e levar a uma colaboração mais estável entre equipas.

Si vis pacem, para bellum (Se queres paz, prepara‑te para a guerra) — ideia próxima sobre dissuasão.
Just war (doutrina da guerra justa) — enquadramento ético que avalia quando a guerra é legítima.
Reconciliação pós‑conflito — processos que transformam conflitos em paz estável.

Mais vale a paz do que a guerra — valoriza a não‑violência e evita legitimar conflitos.
A paz sem justiça não é paz — realça que uma paz imposta não é duradoura nem legítima.
Nem toda guerra gera boa paz — critica a ideia de que a guerra por si só produz bons resultados.

Latim
Si vis pacem, para bellum (Se queres paz, prepara‑te para a guerra) — relacionado, não idêntico.
Inglês
Some say 'a good war makes a good peace' — used to convey that a justified or decisive conflict can lead to stable peace.
Francês
On dit parfois « une bonne guerre fait une bonne paix » — formule proche, usada em debates políticos e históricos.