A ignorância escandaliza o entendimento.

A ignorância choca ou ofende a razão; coloca o entendimento em dificuldade ou em conflito.

Versão neutra

A ignorância prejudica o bom entendimento.

O que significa este provérbio de forma simples?
Diz que a falta de conhecimento ou compreensão causa choque, impede o raciocínio correcto e se apresenta como um obstáculo ao entendimento.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se critica uma ideia, afirmação ou comportamento claramente irrazoável ou mal informado, sobretudo em textos ou comentários formais e reflexivos.
É ofensivo chamar alguém de ignorante com este provérbio?
Pode ser. A expressão tem tom condenatório; usar‑la contra pessoas pode ser percebido como humilhação. É mais prudente aplicá‑la a ideias ou situações do que a indivíduos.

Tom: sentencioso e crítico; costuma ser usado para condenar atitudes ou afirmações manifestamente erradas ou contrárias à razão.
Registo: relativamente formal e algo arcaico — mais frequente em textos reflexivos, ensaios ou linguagem literária do que na conversação quotidiana.
Precaução: pode soar julgador ou ofensivo se dirigida a pessoas; adequado para comentários sobre ideias, posições ou situações, evitando ataques pessoais.
Contextos práticos: críticas intelectuais, comentários sobre desinformação, análise cultural ou política onde se discuta prejuízo do raciocínio.

Num debate público, a ausência de dados e argumentos fundamentados provocou situações em que a ignorância escandalizou o entendimento dos presentes.
Quando se recusa a considerar provas óbvias, a atitude de uma pessoa pode fazer com que a sua ignorância escandalize o entendimento de quem procura explicar-lhe as coisas.

A ignorância pode resultar da falta de oportunidades de aprendizagem e não necessariamente de má vontade ou preguiça.
A humildade intelectual — reconhecer a própria ignorância — é um caminho para o conhecimento, não uma causa de escândalo.
É preferível explicar e ensinar do que humilhar; a crítica explícita pode afastar potenciais aprendizes.