O reconhecimento, o perdão ou a boa memória tendem a recair sobre quem tem um bom desfecho; um bom fim atenua falhas anteriores.
Versão neutra
A sociedade e as instituições tendem a perdoar ou elogiar quem termina bem.
Faqs
O que significa este provérbio em poucas palavras? Significa que as pessoas e as instituições tendem a perdoar ou reconhecer favoravelmente quem tem um bom desfecho; o final positivo dilui, aos olhos de muitos, faltas passadas.
Usar este provérbio justifica más acções durante o processo? Não. É uma observação sobre perceções sociais e religiosas; não é argumento ético nem legal para justificar más acções ao longo do caminho.
Este provérbio tem conotação religiosa? Sim, faz referência à igreja como símbolo de reconhecimento espiritual e social, mas é usado também de forma laica para falar de reputação e memória pública.
Quando é apropriado usar esta expressão? Quando se comenta o efeito de um desfecho positivo sobre a avaliação de uma vida ou acção; convém ter cuidado para não empregá‑la como desculpa para comportamentos incorrectos.
Notas de uso
Provérbio de uso popular e tradicional, frequentemente citado em contextos religiosos ou morais.
Aplica‑se tanto à morte e arrependimento final como a qualquer conclusão considerada positiva (reputação, carreira, obras).
Por vezes usado para justificar ações tardias de reparação; deve ser interpretado com cautela ética e legal.
Tom coloquial; mais comum em registos informais ou conversas sobre reputação e perdão.
Exemplos
Quando o empresário, acusado de irregularidades, deixou parte dos lucros para obras de caridade antes de morrer, muitos comentaram: 'a igreja reza de quem bem acaba'.
Depois de anos de desavenças, ela reconciliou‑se com a família e passou a ser vista com mais simpatia — um caso em que 'a igreja reza de quem bem acaba'.
Usado de forma crítica: dizer que 'a igreja reza de quem bem acaba' não é desculpa para crimes; o provérbio aponta a percepção social, não isenta responsabilidades legais.
Variações Sinónimos
Quem bem acaba, a igreja reza
A igreja reza pelo que acaba bem
O importante é acabar bem
Quem termina bem fica lembrado com honra
Relacionados
Tudo está bem quando acaba bem (All's well that ends well)
O fim não justifica os meios (contraponto ético frequentemente invocado)
Mais vale tarde que nunca (reparação tardia pode ser valorizada)
Contrapontos
O fim não justifica os meios — a boa conclusão não legitima ações condenáveis ao longo do processo.
A reputação constrói‑se ao longo do tempo; um único gesto final não apaga comportamentos repetidos.
Do ponto de vista jurídico, o arrependimento tardio não elimina a responsabilidade pelos actos praticados.