A indulgência para o vício é uma conspiração contra a virtude.

Se se tolera ou facilita um comportamento nocivo, contribui‑se para destruir hábitos e princípios virtuosos.

Versão neutra

Facilitar um vício prejudica a prática da virtude.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer salientar que tolerar repetidamente um comportamento danoso tende a corroer valores ou hábitos positivos, por exemplo em educação, liderança ou políticas institucionais.
O provérbio não é demasiado moralista?
Tem um tom moralizante; por isso é útil equilibrá‑lo com argumentos sobre causas, contextos e possíveis abordagens construtivas, como apoio ou reabilitação.
Como aplicar a ideia sem ser punitivo?
Usando‑a para justificar limites claros e medidas preventivas, acompanhadas de apoio, educação e caminhos de mudança, em vez de apenas reprovação.
Há exceções à máxima?
Sim: em situações de redução de danos ou quando a tolerância faz parte de uma estratégia ética para evitar males maiores, a simples indulgência pode não equivaler a 'conspiração' contra a virtude.

Registo: formal e moralizante; habitualmente usado em debates éticos, educativos ou políticos.
Uso prático: aplica‑se quando se critica a complacência institucional, familiar ou pessoal perante práticas danosas.
Tom: pode soar condenatório; convém contextualizar com intenção de prevenção ou correção, não apenas de ataque.
Limitações: não distingue automaticamente entre indulgência por ignorância, compaixão ou estratégia de redução de danos.

Quando a gestão da empresa ignorou faltas repetidas por parte de um dirigente, estava a dar-lhe espaço para mais excessos — a indulgência para o vício foi uma conspiração contra a virtude da responsabilidade.
No contexto familiar, aceitar constantemente pequenas mentiras de um membro é permitir que esse padrão cresça; a indulgência para o vício mina a franqueza e a confiança.

A indulgência pode ser motivada por compaixão e servir como passo para a reabilitação em vez de punição imediata.
Em políticas públicas, estratégias de redução de danos aceitam certa tolerância tácticas para minimizar consequências mais graves.
Nem toda tolerância equivale a conivência: distinguir entre compreensão, suporte e complacência é essencial.