A justiça não há‑de ser património do juiz

A justiça não há-de ser património do juiz ... A justiça não há-de ser património do juiz

A justiça não pertence ao juiz nem deve ser usada para interesses pessoais; deve ser imparcial e aplicada em função da lei e do bem comum.

Versão neutra

A justiça não pertence ao juiz; deve ser imparcial e aplicada segundo a lei.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa‑se quando se quer criticar ou alertar para decisões judiciais que parecem guiadas por interesses pessoais, clientelismo ou parcialidade, ou para sublinhar a importância da imparcialidade institucional.
  • O provérbio implica que todos os juízes são corruptos?
    Não. O provérbio aponta para um princípio: a justiça não deve ser tratada como propriedade pessoal. Não acusa todos os juízes, mas serve de advertência contra comportamentos que possam transformar a função em instrumento de interesses privados.
  • Como se relaciona com o princípio da independência judicial?
    É complementar: a independência judicial protege o juiz de pressões externas, enquanto o provérbio recorda que essa independência não justifica apropriação pessoal da justiça nem favorecimentos.
  • Que medidas práticas seguem deste princípio?
    Medidas incluem regras de transparência, declaração de conflitos de interesse, recursos e mecanismos disciplinares, sorteio de processos e formação em ética judicial.

Notas de uso

  • Emprega‑se para criticar decisões judiciais que parecem servir interesses pessoais, de grupo ou politiquizados.
  • Também é usado em contextos mais amplos para afirmar que o poder não deve apropriar‑se dos princípios que devia aplicar.
  • Implica uma expectativa de neutralidade, transparência e responsabilidade institucional.

Exemplos

  • Quando uma sentença parece favorecer amigos do magistrado, opositores dizem: «A justiça não há‑de ser património do juiz».
  • Num debate sobre reformas judiciais, um deputado lembrou que «a justiça não há‑de ser património do juiz», pedindo mecanismos de transparência.
  • Após acusações de parcialidade, defensores da ética judicial repetiram que «a justiça não há‑de ser património do juiz» para sublinhar a necessidade de processos independentes.

Variações Sinónimos

  • A justiça não é propriedade do juiz
  • A justiça não pertence ao magistrado
  • A justiça não deve ser apanágio do juiz
  • A justiça deve ser imparcial, não privada

Relacionados

  • A justiça é cega
  • O juiz que lava a roupa suja em público perde a toga
  • O poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente
  • Nem tudo o que é permitido é justo

Contrapontos

  • O juiz exerce discricionariedade dentro da lei; algumas decisões discricionárias não equivalem a apropriação da justiça.
  • A aplicação da lei pode envolver avaliação de circunstâncias particulares, o que é diferente de agir por interesse pessoal.
  • Instituições e sistemas jurídicos também podem falhar; o problema nem sempre está no juiz isolado, mas em estruturas e pressões externas.

Equivalentes

  • Inglês
    Justice must not be the judge's property
  • Espanhol
    La justicia no debe ser patrimonio del juez
  • Francês
    La justice n'appartient pas au juge
  • Latim (tradução aproximada)
    Iustitia iudicis non est patrimonium