A justiça tarda, mas não falta.

Consolida a ideia de que a justiça pode demorar, mas acabará por agir ou ser feita.

Versão neutra

A justiça pode demorar, mas acaba por chegar.

Significa que a justiça vai sempre ser feita, tarde ou cedo?
Não necessariamente. O provérbio expressa uma esperança ou convicção popular, mas não é uma garantia: atrasos podem impedir a reparação e, em alguns casos, a justiça nunca se concretiza.
É apropriado usar este provérbio em contexto legal?
Em contexto legal formal, melhor evitar como argumento probatório. Pode ser usado de forma retórica ou consoladora, mas os operadores do direito discutem frequentemente a importância de evitar demoras processuais.
Qual é a diferença entre este provérbio e 'a justiça adiada é injustiça'?
O primeiro enfatiza confiança de que a justiça acabará por ocorrer; o segundo critica a demora, afirmando que o adiamento equivale à negação da justiça. São visões opostas sobre o efeito das demoras.

Usa‑se para consolar alguém perante demora na reparação de um erro ou de uma ofensa.
Registo coloquial e proverbial; não é uma garantia legal nem uma afirmação factual sobre o funcionamento dos tribunais.
Pode ser invocado para defender paciência, mas também é criticado por ignorar prejuízos causados pela demora.
Em debates jurídicos, aparece como ponto de tensão face à máxima contrária 'a justiça adiada é injustiça'.

Depois de anos de processo, a família sentiu que a justiça tardou, mas não faltou quando o culpado foi condenado.
Ele dizia que preferia esperar calma e confiar no sistema: 'A justiça tarda, mas não falta', repetia aos amigos.

A justiça adiada é justiça negada (ou 'a justiça adiada é injustiça').
Em muitos casos, a demora na justiça pode prejudicar irremediavelmente as vítimas — portanto, a tardança não é justificativa.