A maldade é congénere do homem

Afirma que a maldade é inerente à natureza humana, isto é, que o ser humano tende a comportamentos maus ou egoístas por natureza.

Versão neutra

A maldade é inerente ao ser humano.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que a maldade é vista como uma característica inata do ser humano, sugerindo uma tendência natural para ações más ou egoístas.
É apropriado usar este provérbio numa conversa quotidiana?
Pode ser usado em contextos reflexivos, jornalísticos ou literários, mas tende a polarizar discussões e pode parecer fatalista ou acusatório em conversas pessoais.
Este provérbio tem base científica?
Não; é uma generalização de natureza filosófica e moral. Investigações em psicologia, sociologia e neurociência discutem influências biológicas e ambientais sobre o comportamento, sem consenso absoluto.
Que argumentos se usam contra esta ideia?
Contra-argumentos apontam para a importância da educação, cultura e condições sociais, a capacidade de empatia e cooperação humanas, e posições filosóficas que defendem a bondade ou a neutralidade inicial do ser humano.

Registo: literário ou reflexivo; pode soar filosófico ou pessimista.
Uso: usado para justificar ou explicar ações más como traços da condição humana, frequentemente em comentários sobre violência, corrupção ou falhas morais.
Aviso: não é uma afirmação científica; generaliza sobre um grupo amplo (todos os humanos) e pode ser contestada por argumentos éticos, culturais ou psicológicos.
Efeito retórico: serve para reforçar um ponto de vista determinista sobre o comportamento humano; pode ser polémico em discussões sobre responsabilidade e mudança social.

Após o escândalo político, um cronista escreveu que «a maldade é congénere do homem» para sublinhar a tendência humana para o poder corrupto.
Num debate sobre prevenção do crime, alguém criticou a expressão dizendo que não basta aceitar que «a maldade é congénere do homem»: é preciso agir sobre causas sociais e educativas.

O homem é naturalmente bom (perspetiva associada a Rousseau)
A bondade é congénere do homem
O comportamento humano resulta principalmente do ambiente e da educação (tabula rasa)
Cada indivíduo é agente e responsável pelas suas ações — nem todo o comportamento mau é inevitável