Lembra-se mais o credor do que o devedor

Lembra-se mais o credor do que o devedor.

Significa que quem empresta ou exige pagamento tende a recordar e cobrar mais a dívida do que quem a contrai tende a lembrar e pagar.

Versão neutra

O credor lembra-se mais do que o devedor.

O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Que quem empresta ou cobra tem tendência a recordar e exigir o pagamento mais do que quem deve se lembra de pagar.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se comenta um incumprimento, um favor não retribuído ou para advertir alguém sobre confiar demasiado sem registos ou garantias.
É um juízo moral sobre devedores?
É uma observação geral sobre comportamento humano, não uma condenação universal. Pode carregar crítica, mas também alerta para praticidades (registar empréstimos, estabelecer prazos).
Como evitar ser lembrado insistentemente como credor?
Combinar prazos claros, usar escrituração ou meios de cobrança formais quando necessário, e comunicar abertamente expectativas para evitar mal-entendidos.

Uso comum em registos informais e conversas quotidianas para comentar situações de empréstimos, favores não retribuídos ou promessas esquecidas.
Tom geralmente crítico ou advertência: aponta uma assimetria entre quem exige e quem recebe.
Aplicável tanto a situações pessoais (família, amigos) como a contextos económicos e políticos (promessas, créditos).
Em contextos formais (contratos, instituições financeiras) a expressão serve mais como observação cultural do que como descrição legal.

O João continua a pedir o dinheiro que emprestou — lembra-se mais o credor do que o devedor.
Ela prometeu restituir o favor e acabou por esquecer; é o caso típico de que se lembra mais o credor do que o devedor.

Nem sempre é verdade: muitos devedores lembram-se por motivos de consciência, reputação ou relações de confiança em comunidades pequenas.
Em contextos modernos, registos digitais, contratos e instituições de cobrança reduzem a assimetria: tanto credores como devedores têm lembretes.
Existem situações em que o credor esquece (perdão da dívida, esquecimento deliberado para preservar uma relação).