A memória é uma peneira: o pequeno cai, o grosso fica

A memória tende a perder pormenores e a reter o essencial ou os elementos mais marcantes.

Versão neutra

A memória funciona como uma peneira: perde detalhes, mas retém o essencial.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado para explicar ou relativizar o esquecimento de detalhes pouco importantes e para lembrar que, ao recordar, as pessoas tendem a reter o núcleo da informação.
Serve como desculpa para esquecer tarefas ou compromissos?
Pode ser usada para justificar a perda de pormenores, mas não deve substituir responsabilidade prática: usar agendas e registos evita problemas quando os detalhes são importantes.
A metáfora descreve sempre a memória humana?
Não. É uma simplificação útil: a memória humana é complexa e influenciada por emoção, atenção e repetição; por vezes lembra-se de pormenores e por vezes distorce o essencial.

Usa-se para justificar o esquecimento de detalhes sem pôr em causa o núcleo da informação.
Implica que, ao recordar, as pessoas filtram e simplificam; não é uma descrição científica da memória, mas uma metáfora prática.
Pode ser empregue de forma neutra (como observação) ou para relativizar falhas de memória; evitar usar como desculpa para omissão deliberada.
Não explica enviesamentos da memória (p. ex. distorção por emoções), que podem fazer 'o grosso' também ser lembrado incorretamente.

Ao preparar a apresentação, não me lembro dos exemplos exactos que usei no ano passado — a memória faz isso: os pormenores caem, o essencial fica.
Depois do acidente, as testemunhas lembravam-se claramente do som e da cor do carro, mas não do número da matrícula; a memória filtrou o que lhes parecia mais relevante.
Quando leio um livro que já folheei antes, percebo que não me lembro de frases isoladas, só do enredo e das ideias principais — a memória reteve o grosso.

Algumas memórias pormenorizadas e duradouras existem (p. ex. memórias autobiográficas e eventos traumáticos).
Registos externos (fotos, vídeos, documentos) preservam pormenores que a memória humana tende a perder.
A metáfora pode minimizar a responsabilidade em contextos onde a precisão dos pormenores é crucial (investigações, contratos).

Inglês
Memory is like a sieve: the small slips through, the big stays.
Espanhol
La memoria es un colador: lo pequeño se cae, lo grande queda.
Francês
La mémoire est une passoire : les petits détails tombent, l'essentiel reste.
Português (Brasil)
A memória é uma peneira: o que é pequeno cai, o que é grande fica.