A mortos e idos não há amigos.

A mortos e idos não há amigos.
 ... A mortos e idos não há amigos.

Não se pode contar com quem morreu ou com quem foi embora; a amizade cessa quando a pessoa está ausente.

Versão neutra

Com quem faleceu ou se ausentou não podemos contar.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Quando quiser sublinhar que não se pode depender de alguém que já não está presente — por morte ou afastamento — sobretudo num plano prático, organizacional ou financeiro.
  • É ofensivo dizer isto a alguém em luto?
    Pode ser percebido como frio ou insensível. Em situações de luto, recomenda‑se prudência: o provérbio transmite um juízo utilitário que nem sempre é apropriado.
  • Tem origem conhecida?
    A origem específica não é clara; é um aforismo da sabedoria popular que sintetiza observações sociais sobre ausência, morte e dependência.
  • O provérbio significa que devemos esquecer os mortos?
    Não necessariamente. Refere sobretudo a impossibilidade de contar com a ajuda prática de quem morreu ou partiu, não ao valor da memória ou respeito.

Notas de uso

  • Usa‑se para recordar que não faz sentido esperar favores, conselhos ou protecção de quem já não está presente.
  • Tem tom pragmático e por vezes cínico; pode servir para justificar decisões práticas face a perdas ou afastamentos.
  • Não implica necessariamente falta de respeito pelo morto; refere‑se sobretudo à utilidade prática da presença.
  • Em contextos sensíveis (luto, rituais) deve ser usado com cuidado porque pode soar insensível.

Exemplos

  • Quando o padrinho que nos protegia faleceu, o neto aprendeu que 'a mortos e idos não há amigos' e passou a gerir os assuntos por si próprio.
  • O gerente avisou a equipa: não dependam do apoio do antigo responsável — a mortos e idos não há amigos; organizem‑se internamente.
  • Depois da mudança para o estrangeiro, percebeu que não podia esperar favores do que lá ficou: a mortos e idos não há amigos, pensou e procurou criar novas redes locais.

Variações Sinónimos

  • Aos mortos e aos ausentes não há amigos.
  • Com os que partiram não se conta.
  • Quem parte não ajuda.

Relacionados

  • Amigo na necessidade se conhece.
  • Não há amigo para sempre.

Contrapontos

  • Algumas culturas valorizam a memória dos mortos e mantêm laços através de rituais, heranças ou redes familiares — a ausência física não anula toda a influência.
  • A modernidade e as redes sociais permitem manter relações e memórias activas; a ideia de total ruptura por ausência é menos absoluta.
  • O provérbio foca a utilidade prática; emocionalmente, amizade e lealdade podem persistir apesar da distância ou da morte.

Equivalentes

  • Inglês
    You can't count on the dead or the absent.
  • Espanhol
    A muertos y ausentes no hay amigos.
  • Francês
    On ne compte pas sur les morts ni sur les absents.
  • Latim (tradução livre)
    De mortuis et abscidentibus non confidere.