A ordem é rica, e os frades são poucos.
Há riqueza acumulada numa instituição, mas faltam pessoas (ou dedicados) para a gerir ou preservar essa riqueza.
Versão neutra
A instituição tem muitos recursos, mas poucas pessoas para os gerir.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em linguagem corrente?
Significa que existe riqueza ou recursos numa organização, mas faltam pessoas (membros, trabalhadores, responsáveis) para os usar ou defendê‑los. - Tem origem religiosa?
Sim: refere‑se às ordens religiosas históricas que acumulavam bens enquanto enfrentavam declínio de vocações, mas o provérbio entrou no léxico popular com uso mais geral. - Em que contextos posso usar este provérbio hoje?
Pode usar‑se em críticas a empresas, instituições públicas, organizações sem fins lucrativos ou contextos paroquiais onde existam muitos recursos e pouca mão‑de‑obra ou liderança. - É um provérbio ofensivo para religiosos?
Não necessariamente; é uma observação crítica sobre estruturas e desequilíbrios. Contudo, ao aplicá‑lo a pessoas concretas, pode ser interpretado como censurador.
Notas de uso
- Usa-se para criticar a concentração de recursos em instituições que têm poucos membros ou responsáveis para os gerir.
- Emprega-se de forma irónica ou analítica, tanto em contextos religiosos como seculares (empresas, associações, serviços públicos).
- Registo: popular e crítico; pode soar a acusação de má gestão ou de injustiça social.
- Evitar uso pejorativo dirigido a indivíduos; o provérbio refere-se sobretudo a estruturas e desequilíbrios.
Exemplos
- A câmara recebeu fundos europeus, mas faltam funcionários para executar os projectos — a ordem é rica, e os frades são poucos.
- No hospital privado há equipamento de ponta, mas não há médicos suficientes: é o caso de 'a ordem é rica, e os frades são poucos'.
- A confraria tem terras e rendas antigas, mas poucas pessoas interessadas em manter as actividades; parece mesmo que 'a ordem é rica, e os frades são poucos'.
Variações Sinónimos
- A instituição é rica e os membros são poucos.
- Há muita riqueza, mas pouca gente para a gerir.
- Muito património, poucas mãos.
Relacionados
- Crítica à concentração de riqueza e à falta de pessoal
- Observações sobre decadência institucional
- Comentários sobre má distribuição de recursos
Contrapontos
- Existem situações em que há muitas pessoas e poucos recursos: por exemplo, excesso de procura com insuficiência de meios.
- Nem sempre a abundância de recursos compensa a falta de pessoal: às vezes poucas pessoas bem organizadas chegam mais longe.
- Contra-argumento prático: redistribuir recursos ou atrair pessoas pode inverter a situação.
Equivalentes
- Inglês
The order is rich, but the friars are few. - Castelhano
La orden es rica y los frailes son pocos. - Francês
L'ordre est riche, et les frères sont peu nombreux.