A par de ria, não compres vinha, nem olival, nem casaria

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Aviso popular para não adquirir propriedades agrícolas ou habitações junto a uma ria, por causa dos riscos naturais e da má qualidade do terreno.

Versão neutra

Perto da ria, não compres vinha, nem olival, nem casa.

Faqs

  • Por que comprar junto a uma ria é desaconselhado?
    As rias implicam exposição a água salgada e marés, o que pode provocar salinização do solo, encharcamento, cheias e maior humidade, afetando culturas como vinha e olival e deteriorando edificações.
  • O provérbio aplica-se hoje em dia?
    Sim, como aviso geral sobre riscos ambientais. Contudo, técnicas modernas de gestão de água, escolha de espécies tolerantes ao sal e obras de proteção podem reduzir muitos dos problemas apontados pelo provérbio.
  • Pode o provérbio ser usado de forma figurada?
    Sim. Frequentemente é invocado para aconselhar cautela em investimentos ou relações onde há sinais de risco oculto: significa 'evita o que está demasiadamente exposto ao risco'.

Notas de uso

  • Literalmente refere-se aos problemas agrícolas e imobiliários inerentes à proximidade de uma ria: salinização do solo, cheias, humidade e vento salgento.
  • Usa-se também figuradamente para aconselhar cautela na compra ou investimento em locais ou negócios que pareçam vantajosos mas têm riscos escondidos.
  • Aplica-se sobretudo em contextos rurais e costeiros tradicionais, mas permanece relevante para decisões imobiliárias e de investimento.
  • Hoje em dia medidas de engenharia (drenagem, barreiras, espécies tolerantes ao sal) podem mitigar riscos, pelo que o provérbio é um aviso geral, não uma regra absoluta.

Exemplos

  • Quando viu a vinha anunciada ao lado da ria, lembrou-se do ditado: «Perto da ria, não compres vinha, nem olival, nem casa» e decidiu procurar terreno mais terra adentro.
  • Usou o provérbio de forma figurada: «Se a empresa está a depender só daquela linha de negócio instável, a par da ria não compres vinha — é sinal de risco.»

Variações Sinónimos

  • Perto da ria, não compres vinha nem olival
  • Ao lado da ria, não compres vinha, nem olival, nem casa
  • Junto à ria, não compres vinha

Relacionados

  • Mais vale prevenir que remediar
  • Olhos que não veem, coração que não sente (contraste sobre risco percebido)
  • Quem semeia ventos colhe tempestades (sobre consequências inevitáveis)

Contrapontos

  • Quem não arrisca não petisca — aconselha assumir algum risco para obter lucro.
  • Nem tudo o que reluz é ouro — alerta para aparências, mas pode justificar investigação em vez de rejeição automática.

Equivalentes

  • inglês
    Near an estuary, don't buy vineyard, olive grove or house (literal); more generally: 'Buyer beware' or 'Don't buy land by the water.'
  • espanhol
    Junto a la ría, no compres viña, ni olivar, ni casa.
  • francês
    Près de l'estuaire, n'achète ni vigne, ni oliveraie, ni maison.