A pobreza é a mãe dos crimes.

Sugere que a carência material e a exclusão social contribuem para o nascimento ou aumento da criminalidade.

Versão neutra

A privação económica e a exclusão social podem aumentar o risco de práticas criminais em certos contextos.

O provérbio significa que a pobreza desculpa o crime?
Não. O provérbio atribui uma relação causal entre privação e aumento do risco de crime, mas não isenta a responsabilidade individual nem justifica delitos.
Há evidência de que a pobreza causa crime?
Estudos sociológicos mostram uma correlação entre pobreza, exclusão e certas formas de criminalidade, mas a relação é complexa e mediada por muitos factores.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer enfatizar a importância das condições sociais e económicas na génese da criminalidade, preferindo sempre contextualizar com dados e nuances.

Usado para justificar, explicar ou alertar sobre a relação entre privação económica e criminalidade.
Pode aparecer em debates políticos e sociais sobre desigualdade, prevenção do crime e políticas sociais.
Não deve ser interpretado como determinismo: nem todas as pessoas pobres cometem crimes, e o crime tem causas múltiplas.
Quando usado como argumento, requer evidência empírica para apoiar políticas (por exemplo, estudos sobre pobreza e criminalidade).
Pode ser visto como desculpabilização se usado para isentar a responsabilidade individual sem nuance.

Em debates sobre prevenção, o sociólogo afirmou: «A pobreza é a mãe dos crimes», defendendo programas de inclusão social para reduzir a criminalidade.
Numa conversa informal, alguém comentou que em bairros muito desfavorecidos a falta de oportunidades leva muitos jovens a actividades ilícitas: «A pobreza é a mãe dos crimes», disse.
Num relatório municipal sobre segurança, os autores escreveram que a pobreza cria condições que favorecem atos criminosos, propondo medidas de apoio económico e emprego.

Muitos pobres não cometem crimes; associar pobreza e criminalidade como consequência inevitável é reducionista.
O crime resulta de múltiplos fatores: educação, cultura, redes sociais, impunidade e saúde mental, entre outros.
Melhorar condições económicas não elimina automaticamente o crime; é necessária intervenção integrada (educação, emprego, justiça).
Usar o provérbio sem contexto pode estigmatizar comunidades e desresponsabilizar autores individuais de crimes.