A preguiça anda tão devagar, que a pobreza logo a alcança.
Advertência de que a inércia e a falta de trabalho acabam por provocar necessidade económica.
Versão neutra
A preguiça leva à falta de recursos: quem é inativo tende a tornar‑se pobre.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer sublinhar a relação entre falta de iniciativa/trabalho e escassez de recursos, por exemplo para incentivar alguém a procurar emprego ou a cumprir tarefas. Deve ser evitado se a intenção for julgar pessoas que enfrentam pobreza por causas estruturais alheias à preguiça. - O provérbio implica que toda a pobreza é culpa da preguiça?
Não necessariamente; o provérbio expressa uma ideia popular sobre consequências da inércia, mas não reflete as múltiplas causas da pobreza, como desigualdades, desemprego estrutural ou problemas de saúde. - Qual é a diferença entre este provérbio e 'Devagar se vai ao longe'?
O primeiro associa lentidão/inércia à ruína económica; o segundo valoriza a persistência e a cautela, sugerindo que um progresso lento e constante pode levar ao sucesso. Usam‑se em contextos diferentes.
Notas de uso
- Registo popular e moralizante; usado para incentivar trabalho ou diligência.
- Aplica-se tanto a situações individuais (pessoa sem iniciativa) como a colectivas (grupos ou comunidades que não agem).
- Pode ser usado de forma pedagógica, mas também pode soar culpabilizador se aplicado sem considerar causas estruturais da pobreza.
- Frequentemente pronunciado em contextos familiares, escolares ou laborais para contrastar esforço e recompensa.
Exemplos
- Quando o jovem passou meses sem procurar emprego, a avó comentou: «A preguiça anda tão devagar, que a pobreza logo a alcança.»
- Num conselho da equipa, o gestor advertiu: «Não podemos esperar que as coisas aconteçam sozinhas — a preguiça anda tão devagar que a pobreza logo a alcança.»
Variações Sinónimos
- A preguiça leva à pobreza.
- Quem não trabalha acaba por ficar pobre.
- A preguiça é mãe da pobreza.
- Mãos preguiçosas trazem miséria.
Relacionados
- Quem não trabalha não come.
- O trabalho dignifica o homem.
- Deus ajuda quem cedo madruga.
Contrapontos
- Devagar se vai ao longe. (sugere que a lentidão cautelosa pode ser positiva)
- Mais vale pouco e bem feito do que muito e mal feito. (valoriza qualidade sobre pressa)
Equivalentes
- inglês
Lazy hands make for poverty. / Idleness leads to poverty. - espanhol
La pereza lleva a la pobreza. - francês
La paresse mène à la pauvreté.