A quem dói o dente, vai à casa do barbeiro

A quem dói o dente, vai à casa do barbeiro.
 ... A quem dói o dente, vai à casa do barbeiro.

Quando alguém sofre de algo, procura quem possa aliviar, mesmo que não seja a solução ideal ou o profissional mais qualificado.

Versão neutra

Quem sente dor procura quem diz poder tratá‑la.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Significa que, perante dor ou necessidade, as pessoas procuram quem esteja disponível para aliviar o problema, mesmo que não seja a solução ideal ou a pessoa mais qualificada.
  • Porque é que o barbeiro aparece na expressão?
    Historicamente, barbeiros realizavam também pequenos procedimentos médicos e extrações dentárias. O provérbio guarda essa memória social de quem oferecia tratamentos quando não havia outros profissionais acessíveis.
  • É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
    Sim, em contextos figurados para falar de escolha por necessidade. Contudo, médica e eticamente, não se deve encorajar tratamentos por pessoas não qualificadas.
  • Quando usar esta expressão?
    Quando se quer justificar uma escolha prática por falta de alternativas, ou ironizar uma solução improvisada diante de uma emergência.

Notas de uso

  • Usa‑se para descrever a tendência de procurar ajuda prática e imediata perante um problema.
  • Pode ter tom justificativo (aceitação da escolha por necessidade) ou crítico/irónico (apontando falta de qualificação do ajudante).
  • Refere‑se também à realidade histórica em que barbeiros exerciam funções médicas básicas, incluindo extrações dentárias.

Exemplos

  • Com a torneira a rebentar ao fim de semana, a vizinha foi descobrir o canalizador mais próximo — a quem dói o dente, vai à casa do barbeiro.
  • Quando o projecto atrasou, contrataram alguém com experiência prática em emergência; afinal, a quem dói o dente, vai à casa do barbeiro.

Variações Sinónimos

  • Quem tem dor procura quem a alivie.
  • Quem sofre, busca logo ajuda onde a encontra.
  • A necessidade leva a escolher o recurso disponível.

Relacionados

  • Costuma usar‑se em contexto de urgência ou de ausência de alternativas qualificadas.
  • Remete para outros provérbios sobre necessidade e escolha, embora não haja um equivalente directo universal.

Contrapontos

  • Hoje em dia, é preferível procurar um profissional qualificado (por exemplo, um dentista) em vez de soluções improvisadas.
  • Confiar em quem não tem treino adequado pode agravar o problema; a expressão pode ser usada também para criticar tal prática.

Equivalentes

  • es
    A quien le duele el diente, va al barbero.
  • en
    Desperate times call for desperate measures. (aproximação de sentido)