
Critica a lisonja e os favores superficiais: quem adula só embeleza por fora, sem substância.
Versão neutra
Quem adultera alguém com mimo e lisonjas limita‑se a embelezar ou agradar superficialmente, sem ajudar de verdade.
Faqs
- O que significa concretamente ‘fazer gosto a macho’?
No contexto do provérbio, significa agradar, lisonjear ou mimar alguém (aqui referido como ‘macho’) com gestos exteriores, sem oferecer ajuda substancial. - É um provérbio ofensivo?
Tem um tom crítico e pode ser percebido como ofensivo se dirigido a alguém; é sobretudo irónico e usado para comentar comportamentos de bajulação. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em conversas informais para criticar quem usa lisonjas ou favores de fachada. Evite em contextos profissionais formais ou quando se pretende manter uma relação cordial. - Refere‑se literalmente a barbeiros?
Não; o barbeiro é metáfora da pessoa que prepara a aparência (alisar, pentear, perfumar), simbolizando actos exteriores e superficiais.
Notas de uso
- Registro popular e coloquial; encontra‑se em fala rural e urbana antiga.
- Tom irónico ou crítico: aponta para a superficialidade de quem só sabe agradar ou lisonjear.
- Usa‑se para advertir contra bajulação ou serviços de aparência, não para elogiar genuinely assistência útil.
- Não é habitual em registos formais; adequado em conversas informais ou textos sobre costumes populares.
Exemplos
- No escritório, o João elogia sempre o chefe pelas costas; digo‑lhe que quem faz gosto a macho é barbeiro — não lhe vai resolver os problemas.
- Aquela influencer só mostra sorrisos e filtros; quando a critiquei, lembrei‑me do provérbio — passa o pente e bota cheiro, mas pouca substância.
Variações Sinónimos
- Quem faz gosto a macho é barbeiro (forma abreviada)
- Quem adula demais só embeleza por fora
- Quem bajula não ajuda de verdade
Relacionados
- Quem muito elogia, pouco faz (variação de crítica à lisonja)
- Lisonja leva a nada (dizer popular sobre a inutilidade da lisonja)
Contrapontos
- Em contextos diplomáticos ou comerciais, alguma lisonja e cuidado com a aparência são ferramentas úteis.
- Um barbeiro também presta um serviço valioso: a metáfora critica a superficialidade, não a profissão.
- Nem toda gentileza aparente é hipócrita — há gestos de cuidado que têm valor real.
Equivalentes
- Inglês
To butter someone up / Beware of flatterers (equivalentes idiomáticos sobre lisonja) - Espanhol
Halagar para agradar — dicho similar que advierte contra la adulación - Francês
Flatter quelqu'un pour obtenir quelque chose (equivalent général sur la flatterie)