A ruim capelão, mau sacristão.
Sugere que a incompetência, maus hábitos ou más qualidades do responsável se reflectem nos seus auxiliares ou no ambiente que cria.
Versão neutra
Quando o responsável é incompetente, os seus auxiliares tendem a reflectir essa incompetência.
Faqs
- Quando se pode usar este provérbio?
Serve para comentar situações em que a conduta ou incompetência de quem dirige se repercute na conduta dos subordinados, por exemplo ao criticar escolhas de pessoal ou culturas organizacionais. - O provérbio justifica culpar toda uma equipa por erro do líder?
Não; é uma observação geral sobre influência. Deve ser complementado com avaliação caso a caso para evitar acusações injustas. - É adequado usá‑lo em contextos formais?
Pode aparecer em comentários críticos ou jornalísticos, mas em contextos formais convém explicar e evitar linguagem que pareça difamatória.
Notas de uso
- Empregado para criticar nomeações, lideranças ou chefias que atraem ou formam subordinados semelhantes.
- Usado tanto em contextos literais (igreja, comunidade) como metafóricos (empresa, equipa, família).
- Não é argumento definitivo: serve como observação geral sobre influência e responsabilidade, não como prova individual.
- Pode implicar juízo coletivo; usar com cuidado para não generalizar ou culpar indevidamente indivíduos.
Exemplos
- Depois de o novo diretor tomar decisões desorganizadas, a equipa começou a perder prazos — a situação realça o ditado: a ruim capelão, mau sacristão.
- Se o padre é negligente com a disciplina da paróquia, não admira que o sacristão também descure funções; a expressão resume bem essa dinâmica.
- Quando um gerente incentiva atalhos e falta de rigor, os subordinados passam a agir da mesma forma — é o que se vê muitas vezes: a ruim capelão, mau sacristão.
Variações Sinónimos
- Capelão mau, sacristão mau
- Capelão ruim, sacristão mau
- Tel mestre, tel aprendiz (variação popular de sentido semelhante)
Relacionados
- De tal palo, tal astilla (espanhol) — ideia de influência ou herança de comportamento
- Diz-me com quem andas e dir‑te‑ei quem és — influência social e escolha de companhia
- Tel maître, tel valet (francês) — reflexo do comportamento do superior nos subordinados
Contrapontos
- Nem sempre o subordinado reflete o chefe; há quem seja competente apesar de uma liderança fraca.
- Generalizar a partir do comportamento de um líder pode levar a julgamentos injustos sobre indivíduos.
- Houveram casos em que um auxiliar corrige ou compensa as falhas do responsável, invertendo a expectativa do provérbio.
Equivalentes
- Espanhol
De tal palo, tal astilla. - Inglês
Like master, like man (semelhante: 'Like father, like son'). - Francês
Tel maître, tel valet.