A vida do cortesão é uma contínua escravidão.
Viver como cortesão — ou viver para agradar constantemente quem detém poder — implica subserviência, perda de autonomia e obrigação contínua de lisonja.
Versão neutra
Viver como cortesão implica subserviência e obrigações constantes para agradar aos detentores do poder.
Faqs
- O provérbio é literal?
Não. A expressão usa «escravidão» de forma metafórica para descrever dependência social, obrigação de agradar e perda de autonomia, não escravidão legal ou física. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar uma postura de constante lisonja ou subserviência perante o poder. Evite‑o em contextos onde a palavra «escravidão» possa ser inapropriada ou dolorosa. - Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada específica fornecida. Sentimentos semelhantes aparecem em autores que criticaram a vida de corte e a bajulação política, como observadores literários e moralistas. - É ofensivo dizer isto sobre alguém?
Pode ser interpretado como crítico ou depreciativo, especialmente se aplicado a indivíduos. Melhor usar com cuidado e contextualizar a crítica ao comportamento, não à pessoa.
Notas de uso
- Usa‑se em contexto crítico para apontar os custos pessoais e morais de quem se submete permanentemente ao poder ou à necessidade de agradar.
- A palavra «escravidão» é metafórica: não refere escravidão legal ou histórica, mas dependência social e psicológica.
- Registo: literário ou reflexivo; evita‑se em contextos sensíveis onde a referência a «escravidão» possa ferir ou confundir.
- Pode aplicar‑se fora da corte histórica — por exemplo, a cargos profissionais ou sociais que exigem conformismo e bajulação.
Exemplos
- Depois de aceitar o cargo, começou a comportar‑se como se o provérbio fosse verdade: 'A vida do cortesão é uma contínua escravidão' — já não dizia o que pensava.
- No debate sobre cultura empresarial, um assessor resumiu: viver sempre para agradar provoca perda de autonomia; a vida do cortesão é uma contínua escravidão.
- Ao avaliar a carreira, ela concluiu que preferia mais liberdade; para ele, a máxima 'A vida do cortesão é uma contínua escravidão' explicava a razão de sair do gabinete.
- Usando a versão neutra: 'Viver como cortesão implica subserviência e obrigações constantes' descreveu bem a situação dos que trabalham por favores e não por mérito.
Variações Sinónimos
- Viver para agradar é viver em servidão.
- Quem vive de bajular, vive em dependência contínua.
- A subserviência junto ao poder é prisão permanente.
Relacionados
- Quem beija muitas mãos, perde o seu próprio caminho.
- Mais vale a liberdade do que presentes e favores.
- Quem vive para agradar perde a si mesmo.
Contrapontos
- Nem toda proximidade ao poder é servidão: cortesãos ou assessores podem usar a posição para influenciar políticas e obter benefícios reais.
- Algumas funções exigem diplomacia e contenção sem que isso signifique perda total de autonomia.
- Em sociedades modernas, relações profissionais de dependência podem incluir negociação salarial e direitos laborais que atenuam a ideia de 'escravidão' metafórica.
Equivalentes
- Inglês
The life of a courtier is a continual slavery. - Espanhol
La vida del cortesano es una esclavitud continua. - Francês
La vie du courtisan est une esclavage continue. - Alemão
Das Leben des Höflings ist eine ständige Knechtschaft.