A vida é ruim, mas ninguém quer morrer.
Admite que viver pode ser penoso, mas sublinha que, apesar das dificuldades, as pessoas preferem continuar vivas; combina realismo com ironia.
Versão neutra
A vida é difícil, mas a maioria das pessoas prefere continuar a viver.
Faqs
- Este provérbio é pessimista?
Tem um tom realista e um pouco pessimista, mas geralmente é usado com ironia para sublinhar que, apesar das dificuldades, a vontade de viver prevalece. - Posso usar este provérbio em qualquer contexto?
Deve evitar-se em contextos sensíveis (luto, ideação suicida, crises psicológicas). Em debates lógicos ou humorísticos é mais aceitável, com cuidados de tom. - Como adaptar a frase para um registo mais formal?
Use uma formulação neutra, por exemplo: «A vida é difícil, mas a maioria das pessoas prefere continuar a viver.»
Notas de uso
- Registo: coloquial, por vezes irónico ou fatalista; adequado em comentários filosóficos informais, crónicas ou humor negro.
- Não é aconselhável usar em contextos sensíveis (luto recente, crises de saúde mental) porque aponta para a morte de forma leviana.
- Serve para expressar resignação perante dificuldades cotidianas ou para criticar soluções radicais; pode ser usado retoricamente para enfatizar resistência.
- Quando citado em textos formais, convém clarificar o sentido e evitar interpretações que normalizem o sofrimento extremo.
Exemplos
- Depois de perder o emprego e enfrentar várias despesas, disse com um sorriso amargo: «A vida é ruim, mas ninguém quer morrer.»
- Num debate sobre austeridade, um participante usou o provérbio para explicar por que é difícil convencer populações a aceitar mudanças radicais: «A vida é ruim, mas ninguém quer morrer.»
- Ao comentar as pequenas misérias do dia a dia, Maria resumiu: «A vida é difícil, mas prefiro viver e tentar melhorar as coisas.» (versão neutra)
Variações Sinónimos
- A vida é dura, mas ninguém quer morrer.
- É melhor viver com dificuldades do que deixar de viver.
- A vida é má, mas a morte não é opção desejada.
Relacionados
- A esperança é a última a morrer.
- Quem viver verá.
- Antes viver que morrer.
Contrapontos
- Tende para o fatalismo e pode desencorajar a procura de soluções concretas para melhorar as condições de vida.
- Pode ser insensível junto de pessoas com problemas de saúde mental ou em luto, trivializando o sofrimento.
- Ignora desigualdades estruturais que tornam a vida intolerável para alguns, onde a «preferência por viver» não simplifica a realidade.
- Usada sem nuance, perpetua a ideia de que sofrer é inevitável e não exige mudança social ou pessoal.
Equivalentes
- inglês
Life is bad, but no one wants to die. - espanhol
La vida es mala, pero nadie quiere morir. - francês
La vie est dure, mais personne ne veut mourir. - alemão
Das Leben ist schlecht, aber niemand will sterben.