De fome ninguém vi morrer, porém a muitos de muito comer.

De fome ninguém vi morrer, porém a muitos de mui ... De fome ninguém vi morrer, porém a muitos de muito comer.

Afirma que a morte por fome é rara, enquanto o excesso (glutonaria, excessos) pode ser prejudicial e até mortal; é um aviso à moderação.

Versão neutra

Ninguém morre de fome; contudo, muitos adoecem ou morrem por comer em demasia.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
    Convida à moderação, dizendo que o excesso é mais perigoso do que a falta, embora seja uma generalização da sabedoria popular.
  • É apropriado usar este provérbio em qualquer situação?
    Não. Evite-o em contextos que envolvam pobreza, insegurança alimentar ou saúde pública, pois pode soar insensível ou reducionista.
  • Há fundamento científico nesta ideia?
    Parcialmente: excessos podem causar doenças graves, mas também a fome e a desnutrição têm consequências severas. O provérbio simplifica realidades complexas.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar moderação no comer ou no consumo em geral.
  • Emprega-se também de forma figurada para criticar excessos (gastos, vícios, ambição).
  • Pode ser insensível se usado para minimizar problemas reais de insegurança alimentar; evitar em contextos que tratem da pobreza ou da fome de forma literal.
  • Tomar em conta o contexto histórico: provérbios condensam observações populares, não provas científicas.

Exemplos

  • Quando discutiam o plano de festa, o João aconselhou calma: «De fome ninguém vi morrer, porém a muitos de muito comer», e propôs porções mais pequenas.
  • Na reunião sobre o orçamento, a chefe lembrou: «Isto é para moderarmos os gastos — de fome ninguém vi morrer, porém a muitos de muito gastar», sugerindo cortar desperdícios.

Variações Sinónimos

  • Ninguém morreu de fome, muitos morreram por gula.
  • De fome ninguém morre; já por excessos morre-se à vontade.
  • Ninguém morre à fome, mas há quem morra de glotonaria.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • A moderação é a melhor conduta (variante de conselho sobre equilíbrio).
  • Mais vale pouco e certo do que muito e incerto (sobre prudência).

Contrapontos

  • Não reflete a realidade de populações e indivíduos que morrem por falta de alimento ou por desnutrição: não deve ser usado para menosprezar problemas sociais.
  • Do ponto de vista médico, tanto a desnutrição como o excesso alimentar apresentam riscos graves; simplificações podem ser enganadoras.
  • Pode ser interpretado como culpabilização das vítimas (ex.: obesidade), o que é inadequado em contextos clínicos ou sociais.

Equivalentes

  • Inglês
    Nobody ever died of hunger, but many have died from overeating.
  • Espanhol
    De hambre nadie ha muerto; sin embargo, muchos han muerto por comer demasiado.
  • Francês
    Personne n'est mort de faim, mais beaucoup sont morts d'avoir trop mangé.