A virtude é feliz na sua desgraça; o vício, infeliz na sua ventura.
A verdadeira virtude conserva a serenidade e um sentido de bem-estar mesmo na adversidade; o vício não alcança verdadeira felicidade mesmo quando tem sucesso ou prosperidade.
Versão neutra
Quem é virtuoso mantém-se satisfeito mesmo na adversidade; quem vive no vício não encontra alegria nem na prosperidade.
Faqs
- O que significa este provérbio, em termos práticos?
Significa que a verdadeira virtude proporciona uma paz interior e coerência pessoal mesmo perante dificuldades, enquanto o vício não gera satisfação duradoura, mesmo quando parece trazer vantagens externas. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em contextos de reflexão ética, literária ou pedagógica, quando se pretende sublinhar a diferença entre bem-estar interior e prazeres efémeros. Evite-o em críticas pessoais directas sem cuidado. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta não é identificada aqui. O enunciado tem um tom clássico e moralizante comum à literatura ética e aos sermões, mas sem atribuição segura a um autor específico.
Notas de uso
- Tom didáctico e moralizante: costuma ser usado para contrastar valores éticos com prazeres efémeros.
- Registo formal e literário — apropriado em ensaios, sermões, comentários morais ou reflexões pessoais.
- Evita usar como acusação direta sem contexto: pode soar julgador se aplicado a pessoas concretas sem delicadeza.
- Pode servir em conselhos educativos, para enfatizar que a verdadeira satisfação não depende de riqueza ou prazer imediato.
Exemplos
- Apesar das dificuldades financeiras, manteve a calma e a coerência: a virtude foi feliz na sua desgraça, enquanto outros, entregues aos vícios, nunca se sentiram completos apesar das regalias.
- No debate sobre corrupção, o professor citou o provérbio para sublinhar que a integridade traz paz interior mesmo em tempos difíceis, ao contrário do prazer imediato do vício.
Variações Sinónimos
- A integridade conserva a paz mesmo na miséria; o vício perturba mesmo na riqueza.
- Quem é virtuoso é feliz mesmo na adversidade; quem vive no vício não encontra paz nem no sucesso.
- A virtude encontra contentamento na desgraça; o vício é infeliz na prosperidade.
Relacionados
- A virtude é o seu próprio prémio.
- Riqueza não traz felicidade.
- Mais vale ser honesto e pobre do que rico e desonesto.
Contrapontos
- Nem sempre a virtude garante aparentes benefícios materiais ou reconhecimento social; pessoas virtuosas podem sofrer injustiças e angústias reais.
- O vício pode proporcionar prazeres imediatos e vantagens materiais temporárias, o que pode confundir a noção de felicidade.
- A felicidade é um conceito complexo e subjectivo; aquilo que o provérbio chama 'felicidade' refere-se mais a paz de consciência do que a satisfação externa.
Equivalentes
- Inglês
Virtue is content in its misfortune; vice is unhappy in its success. - Espanhol
La virtud es feliz en su desgracia; el vicio, infeliz en su ventura. - Francês
La vertu est heureuse dans son malheur ; le vice, malheureux dans sa prospérité.