Acaricia um cão, que te sujará a roupa.
Advertência contra demonstrar afecto ou confiança a quem não merece ou não controla as suas acções — isso pode trazer prejuízos ou incómodos.
Versão neutra
Mostra afecto a alguém que não o merece ou que age sem cuidados, e podes acabar prejudicado.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que demonstrar afecto, confiança ou fazer favores a quem não é merecedor ou é descuidado pode trazer consequências negativas. - Quando é apropriado usar‑lo?
Quando se quer advertir alguém sobre confiar ou ajudar sem avaliar riscos — por exemplo, antes de emprestar dinheiro, documentos ou responsabilidades. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser. Implica desconfiança ou crítica. Use‑o com cuidado e consoante a relação e o contexto. - Tem origem conhecida?
Não há origem documentada amplamente aceita; é uma formulação popular que usa a imagem do cão para ilustrar consequências inesperadas de uma acção aparentemente benigna.
Notas de uso
- Usa-se para avisar contra a confiança excessiva ou favores a pessoas imprevisíveis ou ingratas.
- Tom e registo: provérbio coloquial, tom cautelar; pode ser usado de forma jocosa ou séria, consoante o contexto.
- Contextos comuns: relações pessoais, local de trabalho, transacções informais, pedidos de ajuda.
- Não é literal: refere-se a comportamentos humanos por metáfora com um animal que suja quem o acaricia.
Exemplos
- Quando o colega pediu para guardar documentos importantes, a Teresa respondeu: "Acaricia um cão, que te sujará a roupa" — não lhe confio papéis sem cópia.
- O avô aconselhou o neto antes de emprestar dinheiro: "Lembra‑te do provérbio: acaricia um cão, que te sujará a roupa" — verifica a fiabilidade antes de ajudar.
- Depois de emprestar a chave do carro a um vizinho desorganizado, o Miguel murmurou: "Já sei — acaricia um cão, que te sujará a roupa."
Variações Sinónimos
- Acaricia o cão e suja‑te a roupa.
- Quem acaricia um cão, suje a roupa.
- Acaricia um cão, e ele sujará a tua roupa.
Relacionados
- De boas intenções está o inferno cheio.
- Não metas a mão no lume por ninguém.
- Mais vale prevenir do que remediar.
Contrapontos
- Generalizar com base num provérbio pode fomentar desconfiança; nem todas as demonstrações de afecto têm consequências negativas.
- Confiar atempadamente e com limites pode construir relações úteis; testar a fiabilidade em pequenos passos reduz o risco.
- Em vez de evitar ajudar por medo, pode ser mais eficaz estabelecer condições, registos ou garantias.
Equivalentes
- Inglês
No good deed goes unpunished. - Espanhol
Acaricia al perro y te ensuciará la ropa. - Francês
Donne un doigt, il prendra la main.