Acolhi o rato no meu buraco

Acolhi o rato no meu buraco.
 ... Acolhi o rato no meu buraco.

Permiti a entrada de alguém ou algo potencialmente prejudicial; tornei‑me responsável por um perigo ou traição.

Versão neutra

Permiti a entrada de alguém que pode causar‑me prejuízo.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para censurar uma decisão em que alguém permitiu a entrada ou a influência de uma pessoa ou situação que acabou por causar prejuízo.
  • Significa sempre culpa intencional?
    Não necessariamente. O provérbio aponta responsabilidade pelo resultado, mas a razão pode ser negligência, ingenuidade ou pressão externa.
  • É adequado em contextos formais?
    Geralmente é coloquial e acusatório; em contextos formais prefira uma formulação neutra, como «permitiu a entrada de alguém prejudicial».

Notas de uso

  • Usa‑se sobretudo como reprovação: aponta culpa ou negligência de quem permitiu o risco.
  • Frequentemente aplicado em contextos pessoais, profissionais ou políticos para denunciar cumplicidade ou má decisão.
  • Tom habitual: coloquial e acusatório. Em registos formais, prefira formulações mais neutras.
  • Nem sempre implica intenção maliciosa — pode resultar de ingenuidade, necessidade ou pressão externa.

Exemplos

  • Ao contratar o intermediário sem verificar antecedentes, acolhi o rato no meu buraco e agora há contratos questionáveis a resolver.
  • Quando aceitou aliados sem critérios, os colegas disseram que tinha acolhido o rato no seu buraco.
  • Não se trata só de má sorte: se deixas pessoas com más intenções gerir as tuas finanças, acabas por acolher o rato no teu buraco.

Variações Sinónimos

  • Acolher o rato em casa
  • Abrir a porta ao inimigo
  • Permitir que o inimigo fique por perto
  • Pôr a raposa a guardar o galinheiro

Relacionados

  • Não ponhas a raposa a guardar o galinheiro
  • Quem semeia vento colhe tempestade
  • Quem com porcos se deita, farelo come

Contrapontos

  • Nem sempre a presença de alguém indesejado resulta de consentimento; pode ter sido forçada ou imposta.
  • Acolher alguém perigoso pode ocorrer por compaixão ou necessidade, não por cúmplice intenção.
  • Usar o provérbio pode ser injusto quando os factos sobre as responsabilidades não estão claros.

Equivalentes

  • inglês
    I let the fox into the henhouse / I invited trouble into my own home.
  • espanhol
    Abrí la puerta al lobo / Acogí al lobo en casa (equivalente aproximado).
  • francês
    J'ai invité le loup chez moi (equivalente aproximado).