Águas paradas, cautela com elas

Águas paradas, cautela com elas ... Águas paradas, cautela com elas

Advertência de que o aparente sossego ou estagnação pode ocultar perigos, problemas ou deterioração.

Versão neutra

Onde as águas estão paradas, é preciso ter cautela

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o quando quiser alertar para os riscos da inércia ou da falta de manutenção — por exemplo em projectos parados, espaços mal limpos ou processos administrativos sem actualização.
  • O provérbio refere-se só a água literal?
    Não; pode aplicar‑se literalmente (água parada que cria mosquitos) e, mais frequentemente, de forma metafórica para situações estagnadas que escondem problemas.
  • É um provérbio negativo? Pode desencorajar a calma necessária?
    É um alerta, não uma condenação da calma. A ideia é recomendar vigilância e manutenção quando a estabilidade traduz inércia prejudicial, não impedir a tranquilidade útil.
  • Há contextos culturais em que este provérbio é mais comum?
    É frequente em sociedades com experiência prática de ambientes rurais e urbanos onde a água estagnada causa problemas de saúde, e expandiu‑se para um uso metafórico em ambientes profissionais e pessoais.

Notas de uso

  • Pode ser usado literal e metaforicamente: literal para águas paradas que atraem insectos ou proliferação de organismos; metafórico para situações estáticas (projetos, relações, organizações) que tendem a degradar-se ou a esconder problemas.
  • Aplica-se a contextos de risco, complacência e falta de vigilância: financeiro, administrativo, social e ambiental.
  • Não implica que toda calma seja negativa; alerta para a necessidade de inspeção e manutenção quando falta movimento ou mudança.
  • Tomar precauções concretas: investigar, ventilar, mexer processos, atualizar regras ou eliminar fontes de estagnação.

Exemplos

  • Não deixes os registos fiscais congelados: águas paradas, cautela com elas — confere tudo antes de ser tarde.
  • Num bairro com muitas valas entupidas, ninguém estranha que haja mais mosquitos; águas paradas, cautela com elas.
  • Quando a empresa deixou de inovar e nada mudou no organigrama, o conselho lembrou: águas paradas, cautela com elas — precisamos de auditoria.
  • Se um projeto fica parado meses sem actualizações, toma nota do provérbio: águas paradas, cautela com elas; verifica riscos e responsabilidades.

Variações Sinónimos

  • Água parada cria mosquitos
  • Águas paradas criam problemas
  • Onde há estagnação, há risco
  • Calmaria enganadora

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar
  • Quem não vigia, perde
  • Quem espera, desespera

Contrapontos

  • A calma também pode ser sinónimo de estabilidade e segurança; nem toda ausência de movimento é prejudicial.
  • Há situações em que a paciência e a contenção são estratégias válidas — não convém confundir estabilidade com negligência.
  • Intervir sem causa pode criar problemas onde não existiam; a cautela deve equilibrar vigilância com avaliação racional.

Equivalentes

  • Inglês
    Still waters run deep (nuance diferente: sossego pode ocultar profundidade) / Stagnant water breeds mosquitoes (mais literal)
  • Espanhol
    Agua estancada cría mosquitos
  • Francês
    Eaux stagnantes, prudence (uso literal; expressão menos idiomática)
  • Alemão
    Stauendes Wasser verdirbt (água estagnada estraga)
  • Latim (frase adaptada)
    Aqua stagnans nocet (a água estagnada faz mal)