Quem mas fizer tem que mas pagar

Quem causa um dano ou pratica uma injustiça deverá suportar as consequências ou pagar pelo que fez.

Versão neutra

Quem causa dano ou pratica injustiça deve suportar as consequências e compensar o prejuízo.

O que significa 'mas' neste provérbio?
Na forma apresentada, 'mas' é provavelmente resultado de variação regional, pronúncia popular ou erro de transcrição. Pode representar 'mal' (fazer o mal) ou 'mais' (fazer mais). A interpretação mais comum é a moral: quem pratica o mal paga.
Quando posso usar este provérbio?
Use-o informalmente para sublinhar que alguém deverá responder por actos errados ou suportar as consequências das suas ações. Evite em textos legais sem clarificação, pois o provérbio simplifica situações complexas.
É um provérbio jurídico?
Não é um princípio jurídico formal; expressa uma norma moral generalizada. No direito, a responsabilidade e a indemnização dependem de regras, provas e procedimentos específicos.
Existe uma versão mais corrente?
Sim. Formas mais usuais e claras são 'Quem faz mal, paga' ou 'Quem a faz, a paga'. Para a ideia de proporcionalidade: 'Quem mais fizer, mais paga'.

O provérbio é usado como advertência moral: responsabilidade por atos e reparação de danos.
A forma fornecida é popular e ambígua: 'mas' pode resultar de pronúncia regional ou confusão com 'mal' ou 'mais'.
Duas leituras frequentes: (a) quem faz mal deve pagar; (b) quem faz mais deve pagar mais (proporcionalidade).
Registo: coloquial; adequado em conversas informais ou para sublinhar uma norma ética, menos frequente em contextos técnicos legais.
Não se aplica automaticamente a acidentes involuntários ou a situações em que a responsabilidade é coletiva.

Se danificares a vedação do vizinho, lembra-te: quem mas fizer tem que mas pagar — serás responsável pela reparação.
Numa equipa, quem assume decisões que originam prejuízos sabe que, muitas vezes, quem mas fizer tem que mas pagar.
Quando alguém comete um ato intencional de vandalismo, a comunidade costuma dizer que quem mal faz tem de pagar.

Nem sempre a responsabilidade é individual: acidentes e falhas sistémicas podem isentar alguém de culpa pessoal.
A proporcionalidade nem sempre é simples de aplicar: quem fez mais pode não ser quem pagará mais (ex.: seguros, litígios).
No direito, provar culpa ou intenção requer procedimentos; o provérbio simplifica a realidade normativa.

en
He who does wrong must pay (for it); you reap what you sow.
es
Quien hace mal, paga / Quien la hace, la paga.
fr
Qui fait le mal doit en payer les conséquences (ou: Qui sème le vent récolte la tempête).