Andar na égua e perguntar por ela

Andar na égua e perguntar por ela.
 ... Andar na égua e perguntar por ela.

Aproveitar-se de algo e, depois, fingir desconhecimento ou inocência sobre o acto.

Versão neutra

Aproveitar algo para si e, em seguida, fingir que não se é responsável ou que não se sabia.

Faqs

  • O que significa 'Andar na égua e perguntar por ela'?
    Significa aproveitar-se de algo e, depois, fingir desconhecimento ou inocência em relação ao que se fez.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em situações informais para criticar ou ironizar quem se beneficia de algo e nega responsabilidade; evita‑se em contextos formais ou sem provas.
  • É uma expressão ofensiva?
    Não é fortemente ofensiva, mas tem tom crítico; pode magoar se dirigida directamente sem fundamento, por isso use‑a com cuidado.

Notas de uso

  • Geralmente usada para censurar hipocrisia ou desonestidade ligeira — quando alguém beneficia e nega ou finge não saber.
  • Registo informal; comum em contexto coloquial e familiar.
  • Imagem metafórica: montar a égua (tirar partido) e depois perguntar por ela (fingir não saber/ser responsável).
  • Pode ser empregue de forma jocosa ou crítica, consoante o tom e a relação entre interlocutores.

Exemplos

  • Ele levou o computador da sala para trabalhar em casa e, no dia seguinte, perguntou onde ele estava — aquilo é andar na égua e perguntar por ela.
  • Se alguém comeu o bolo e, depois, vem queixar-se que já não há sobremesa, está a andar na égua e a perguntar por ela.
  • No trabalho, recusar responsabilidades depois de tirar vantagem de um projecto pode ser descrito como 'andar na égua e perguntar por ela'.

Variações Sinónimos

  • Fazer e depois negar
  • Fingir-se de inocente
  • Andar a tirar partido e depois perguntar

Relacionados

  • Fazer uma e perguntar pela outra
  • Fazer do alheio bandeira (uso crítico)
  • Haja paciência (usado para expressar desagrado perante comportamentos semelhantes)

Contrapontos

  • Nem toda a aparente desresponsabilização é hipocrisia — pode resultar de esquecimento genuíno ou de mal-entendido.
  • Usar o provérbio para acusar pode ser injusto se não houver prova de que alguém se aproveitou intencionalmente.
  • Em contextos formais é preferível descrever os factos em vez de recorrer a expressões recriminatórias.

Equivalentes

  • inglês
    To feign ignorance / to play dumb (fingir ignorância).
  • espanhol
    Hacerse el tonto / montarse en la yegua y luego preguntar por ella (tradução literal).
  • francês
    Faire l'innocent (fazer-se de inocente).
  • alemão
    Sich dumm stellen (fingir-se idiota/inocente).

Provérbios