Antes de governar os outros, aprende a governar-te.

Só é legítimo exigir disciplina ou comando dos outros quando se tem primeiro domínio e responsabilidade sobre si próprio.

Versão neutra

Antes de comandares os outros, aprende a disciplinar-te a ti próprio.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em situações onde se quer sublinhar a importância do exemplo pessoal — por exemplo, em liderança, ensino ou discussões sobre ética. Deve ser usado com ponderação para não parecer acusatório.
Significa que ninguém pode liderar até ser perfeito?
Não. O provérbio enfatiza coerência e responsabilidade pessoal, não perfeição absoluta. Reconhece-se que todos têm falhas, mas sublinha a necessidade de autocontrolo e credibilidade.
Como evitar usar este provérbio para silenciar críticas?
Evitar transformá-lo em arma retórica: reconhecer problemas externos e padrões sistémicos, aceitar críticas legítimas e aplicar o princípio de autocorreção antes de apontar exclusivamente faltas alheias.

Usa-se em contextos de liderança, educação e crítica moral para sublinhar a importância do exemplo pessoal.
Tom didáctico e corretivo; funciona bem como conselho, mas pode soar acusatório se dirigido sem delicadeza.
Não pretende negar a necessidade de ação colectiva ou estrutural, mas enfatiza a coerência pessoal.

O treinador lembrou aos capitães que não podem exigir compromisso da equipa se não chegarem primeiro pontuais e preparados; antes de governar os outros, aprende a governar-te.
Num debate sobre ética profissional, a directora disse que as regras valem pouco se quem as aplica não as segue; é o princípio: antes de governar os outros, aprende a governar-te.
Quando um colega critica o método da equipa sem cumprir prazos, pode ser útil responder com o provérbio como lembrete de responsabilidade pessoal.

Exigir perfeição pessoal antes de liderar pode impedir pessoas capazes de assumir responsabilidades legítimas.
Há situações em que a liderança é necessária apesar das falhas pessoais; a acção pode ser necessária mesmo sem uma preparação ideal.
Usado de forma ofensiva, pode silenciar críticas legítimas ou servir para evitar responsabilidade institucional.