Antes muitos poucos que poucos muitos.
É preferível que muitos recebam pouco do que que poucos recebam muito — valoriza a distribuição em vez da concentração.
Versão neutra
É preferível que muitos tenham pouco do que que poucos tenham muito.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao discutir opções de distribuição de recursos, políticas sociais ou organização de trabalho quando quiser enfatizar a vantagem da partilha ampla sobre a concentração. - Significa que a concentração é sempre má?
Não necessariamente. O provérbio expressa uma preferência por equidade e estabilidade, mas em certos contextos a concentração pode ser justificada por motivos de eficiência ou escala. - É um provérbio politicamente carregado?
Pode ser interpretado politicamente, sobretudo em debates sobre redistribuição, mas também é usado em contextos neutros como gestão de projectos e divisão de tarefas. - Existe uma versão moderna e mais clara?
Sim — uma versão neutra: «É preferível que muitos tenham pouco do que que poucos tenham muito.»
Notas de uso
- Usa‑se em contextos sociais, políticos e económicos para defender redistribuição ou partilha de recursos.
- Também se aplica à organização do trabalho: distribuir tarefas por muitos em vez de sobrecarregar poucos.
- Tom: pode soar político ou ideológico; é adequado tanto em registos informais como em debates públicos, desde que usado com clareza.
- Não é uma regra absoluta — serve como princípio de escolha quando se prioriza equidade e estabilidade sobre acumulação.
Exemplos
- Na discussão do orçamento municipal decidiram atribuir pequenas verbas a várias associações locais — antes muitos poucos que poucos muitos, disseram os vereadores.
- Numa cooperativa agrícola é melhor repartir os lucros por todos os associados do que concentrá‑los em poucas mãos; antes muitos poucos que poucos muitos.
- Quando o projecto arriscado falhou, percebeu‑se que distribuir o investimento entre várias ideias teria sido mais seguro: antes muitos poucos que poucos muitos.
Variações Sinónimos
- Melhor muitos com pouco do que poucos com muito.
- Mais vale muitos com pouco do que poucos com muito.
- Antes muitos com pouco do que poucos com muito.
Relacionados
- Mais vale pouco e certo do que muito incerto.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
- Quem dá aos pobres empresta a Deus (relacionado à ideia de partilha).
Contrapontos
- Em alguns casos, concentrar recursos em poucos pode gerar eficiência e maiores ganhos (economias de escala).
- Quem não arrisca não petisca — às vezes é preciso concentrar esforço para obter grande resultado.
- Privilegiar sempre a distribuição pode reduzir incentivos à inovação ou investimento de risco.
Equivalentes
- Inglês
Better many with little than few with much. - Espanhol
Mejor muchos con poco que pocos con mucho. - Francês
Mieux vaut que beaucoup aient peu que quelques-uns aient beaucoup.