Ao gato, por ser ladrão, não o tires de tua mansão.
Ao gato, por ser ladrão, não o tires de tua mansão.
Aconselha tolerância pragmática: não te desfazes de alguém ou algo útil apenas por um defeito, salvo quando o prejuízo for maior que a vantagem.
Versão neutra
Não expulses de tua casa alguém que, apesar de ter um defeito, te é útil.
Faqs
Quando devo usar este provérbio? Quando se pondera manter alguém ou algo que tem um defeito conhecido mas oferece uma vantagem ou serviço relevante; serve para recomendar pragmatismo e ponderação.
Significa que devemos aceitar todos os maus comportamentos? Não. O provérbio aplica‑se a defeitos menores ou toleráveis face a benefícios claros. Comportamentos prejudiciais, ilegais ou abusivos exigem intervenção.
Qual é a origem deste provérbio? Trata‑se de um dito popular sem origem documentada clara; surge da sabedoria prática rural/urbana transmitida oralmente.
Notas de uso
Usa-se em contextos em que se avalia se vale a pena expulsar ou afastar alguém com falhas conhecidas mas que presta um serviço ou tem utilidade.
Registo popular e proverbial; adequado em conversas informais, conselhos práticos ou discussões sobre compromisso e tolerância.
Não é um encorajamento a aceitar comportamentos graves: aplica-se sobretudo a falhas pequenas ou toleráveis face a benefícios claros.
Exemplos
O rapaz tende a faltar uma ou outra vez, mas organiza bem as contas da família; ao gato, por ser ladrão, não o tires de tua mansão — vale a pena mantê‑lo.
Sabemos que a empresa tem um gestor com hábitos duvidosos, mas é o único que entende este mercado; antes de o despedir, pensa: ao gato, por ser ladrão, não o tires de tua mansão.
Variações Sinónimos
Não lhe tires a casa por causa de um defeito.
Não metas fora o que te presta por ser falho.
Relacionados
Não deites fora o que serve apenas por causa do que falha
Mais vale o conhecido do que o desconhecido
Não se atira fora o que pode ser útil
Contrapontos
Tolerar um defeito pode legitimar comportamentos prejudiciais; há limites legais e éticos onde a expulsão ou punição é necessária.
O provérbio pressupõe que o benefício compense a falha; se o dano for acumulativo ou grave, a ação corretiva é justificada.
Aplicá‑lo sem critério pode proteger abusadores ou criar ambientes permissivos.
Equivalentes
inglês Don't throw the baby out with the bathwater. (Não deites fora o essencial por causa do que é supérfluo ou defeituoso.)
espanhol No tires lo bueno por lo malo. (Não descartes o que é útil por causa do que é mau.)
francês Ne jetez pas le bébé avec l'eau du bain. (Não jogues fora o essencial com o que se quer eliminar.)