De prudência é não querer o que não se pode haver.
A prudência consiste em não desejar aquilo que está fora do nosso alcance; aconselha a contenção e o realismo nas aspirações.
Versão neutra
É prudente não desejar o que não se pode ter.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que a prudência implica não desejar ou procurar algo que está além das nossas possibilidades — uma recomendação ao realismo e à contenção. - Em que situações se pode usar?
Em decisões financeiras (compras, empréstimos), nas ambições profissionais ou em relações pessoais onde as expectativas são desajustadas face aos meios ou circunstâncias. - É um provérbio antiquado?
A forma é tradicional e algo arcaica (uso de 'haver'), mas a ideia permanece atual. Uma versão mais moderna é 'É prudente não desejar o que não se pode ter.' - Como se diferencia deste conselho de incentivo ao risco?
Este provérbio enfatiza contenção e avaliação realista de capacidades; contrapões como 'quem não arrisca não petisca' promovem tentativa e iniciativa. A aplicação depende do contexto e do equilíbrio entre prudência e ambição.
Notas de uso
- Usa-se como conselho para moderar desejos ou planos que ultrapassem os meios disponíveis (financeiros, sociais, físicos).
- Registo: provérbio de tom tradicional; a construção 'haver' tem uso arcaico equivalente a 'ter'.
- Aplicável em contextos pessoais (relações, compras) e profissionais (promoções, projectos), para alertar contra expectativas irrealistas.
Exemplos
- Ele queria comprar a casa fora do seu orçamento; alguém lembrou-lhe: 'De prudência é não querer o que não se pode haver.'
- No investimento, convém agir com cautela: não invistas em negócios que não compreendes nem podes suportar — de prudência é não querer o que não se pode haver.
- Quando ela sonhava com uma carreira que exigia formação que nunca teve oportunidade de obter, o conselho foi simples e direto: 'é melhor ajustar ambições à realidade'.
Variações Sinónimos
- Não querer o que não se pode ter.
- Não desejar o impossível.
- É prudente contentar-se com o que se pode alcançar.
- Não cobices o que te foge das mãos.
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde (perigo da ambição desmedida).
- Mais vale o certo que o duvidoso (valorização do seguro em vez do arriscado).
- Contentamento é grande riqueza (valorização do que se tem).
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca (defende tomar riscos para alcançar mais).
- Sem ousadia não há vitória (valorização da ambição e da iniciativa).
Equivalentes
- English
It is prudent not to wish for what one cannot have. - English (idiom)
Don't bite off more than you can chew. - Español
Es prudente no desear lo que no se puede tener. - Français
Il est prudent de ne pas vouloir ce qu'on ne peut avoir. - Deutsch
Vernünftig ist, nicht zu begehren, was man nicht haben kann.