Aos olhos tem a morte, quem no cavalo passa a ponte.
Alerta para o perigo óbvio de uma ação arriscada: quem emprende um acto perigosamente imprudente pode estar a caminho da morte ou de grave desastre.
Versão neutra
Quem atravessa a ponte a cavalo corre risco evidente de morte.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que quem toma uma decisão ou acção visivelmente perigosa está a correr um risco sério, potencialmente fatal ou desastroso. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para advertir alguém contra uma acção claramente perigosa ou para comentar uma situação em que o risco é óbvio e evitável. - É um provérbio comum no português moderno?
Tem um registo mais popular e algo arcaico; não é dos provérbios mais usados no dia a dia, mas aparece em contextos literários ou regionais. - Refere‑se sempre a morte literal?
Não necessariamente; embora mencione 'morte', é frequentemente usado metaforicamente para indicar consequências graves ou irremediáveis.
Notas de uso
- Usa-se para advertir contra tomada de decisões visivelmente perigosas ou precipitação em situações arriscadas.
- Pode aplicar-se tanto de forma literal (atravessar uma ponte instável a cavalo) como metafórica (aceitar um negócio irrealista, ignorar avisos de segurança).
- Registo: de tom popular e algo arcaico ou poético; hoje é mais provável encontrá‑lo em textos literários ou como variante regional.
- Não é obrigada a significar morte física literal; refere‑se também a consequências sérias ou desastrosas.
Exemplos
- Quando o engenheiro alertou para a ponte danificada, o chefe lembrou: «Aos olhos tem a morte, quem no cavalo passa a ponte», e cancelou a travessia com veículos pesados.
- No debate sobre o investimento arriscado, Maria usou o provérbio para avisar os sócios: era uma aposta clara demais — aos olhos tem a morte, quem no cavalo passa a ponte.
Variações Sinónimos
- Quem atravessa a ponte montado tem a morte nos olhos.
- Quem passa a ponte a cavalo tem a morte à vista.
- Quem cavalga sobre a ponte vê a morte.
Relacionados
- Quem semeia ventos colhe tempestades (advertência sobre consequências previsíveis).
- Mais vale prevenir do que remediar (valor da precaução).
- Quem brinca com fogo acaba queimado (choque direto com o perigo das acções imprudentes).
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca (encoraja a assumir riscos calculados).
- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura (valorização da persistência diante do risco).
Equivalentes
- inglês
He who crosses the bridge on horseback has death in his eyes. (literal) / He who plays with fire will get burned. (idiomático equivalente) - espanhol
Quien atraviesa el puente a caballo tiene la muerte en los ojos. - francês
Qui traverse le pont à cheval voit la mort en face.