Ares que limpam de noite e em mulher de outrem, não há que fiar.

Ares que limpam de noite e em mulher de outrem, n ... Ares que limpam de noite e em mulher de outrem, não há que fiar.

Adverte a não confiar em aparências ou comportamentos que só se manifestam em circunstâncias oportunas, secretas ou com terceiros — são pouco fiáveis.

Versão neutra

Não se deve confiar em comportamentos que só acontecem à noite ou em relações com a mulher de outra pessoa.

Faqs

  • O que quer dizer 'ares' neste provérbio?
    'Ares' refere‑se a atitudes, maneiras ou aparências — o que alguém mostra externa ou oportunisticamente.
  • É um provérbio ofensivo por mencionar 'mulher de outrem'?
    A referência à 'mulher de outrem' reflecte um contexto cultural de desconfiança face a comportamentos com terceiros; é um alerta genérico, não uma acusação dirigida. Contudo, em uso contemporâneo pode soar antiquado e deve ser empregado com sensibilidade.
  • Quando aplicar este provérbio?
    Quando se deseja advertir contra confiança em gestos ou promessas que só aparecem em situações oportunas, secretas ou envolvendo terceiros, e quando se pretende sublinhar que as aparências podem enganar.

Notas de uso

  • Frase de tom proverbial e algo arcaico; costuma ser usada para aconselhar prudência em relação a aparências enganadoras.
  • Refere-se tanto a gestos e promessas que só surgem em privado como a atitudes de infidelidade ou flerte com pessoa alheia.
  • Uso frequente em contextos informais e familiares; pode soar antiquado ou regional em registos mais formais.
  • Evitar usar de forma difamatória contra indivíduos sem prova; a expressão fala de prudência geral, não de acusação directa.

Exemplos

  • Ele elogia sempre a colega quando ela não está por perto; ares que limpam de noite e em mulher de outrem, não há que fiar — convém ter cuidado.
  • Quando alguém só mostra boas intenções em situações escondidas ou envolvendo terceiros, não é de confiar; não se esqueça do provérbio.

Variações Sinónimos

  • Ares que só brilham de noite não são de fiar.
  • Não há que fiar em quem só se engalana em segredo.
  • Cuida-te das aparências que aparecem só com terceiros.

Relacionados

  • Nem tudo o que reluz é ouro.
  • As aparências enganam.
  • Cuidado com lisonjas e promessas fáceis.

Contrapontos

  • Nem toda a atitude privada é suspeita — a confiança baseia‑se em evidência e coherência de comportamento ao longo do tempo.
  • Há contextos (profissionais, legais) em que a avaliação deve basear‑se em factos e não apenas em aparências.
  • A prudência não deve transformar‑se em paranóia: relações saudáveis exigem comunicação e prova, não suspeita permanente.

Equivalentes

  • inglês
    All that glitters is not gold. (Não se deve confiar apenas nas aparências.)
  • espanhol
    No todo lo que reluce es oro.
  • francês
    Tout ce qui brille n'est pas or.