A mulher de bondade, outrem fale e ela cale.

Elogia a moderação e a dignidade de quem, por bondade ou sensatez, não responde às críticas ou calúnias alheias.

Versão neutra

A pessoa de bondade, quando outros falam dela, cala-se.

O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que a bondade e a nobreza de carácter se demonstram, muitas vezes, pela ausência de resposta a insultos ou calúnias.
É um provérbio aplicável hoje em dia?
Sim, quando se quer enaltecer a compostura e a paciência. Contudo, no contexto contemporâneo deve distinguir-se entre estratégia de não-provocação e a obrigação de agir contra injustiças.
Não é sexista chamar especificamente a "mulher"?
O provérbio tem origem numa tradição em que certos conselhos eram dirigidos às mulheres. Hoje é preferível a versão neutra, pois o valor do silêncio prudente não é exclusivo de um género.
Posso usar este provérbio para justificar não reagir a abuso?
Não. O provérbio aconselha moderação diante de provocações, mas não deve ser usado para tolerar violência ou violações de direitos; nesses casos é necessário procurar ajuda e agir.

Provérbio tradicional que valoriza o autocontrolo, a paciência e a não-provocação.
Reflete normas sociais antigas sobre comportamento feminino; hoje pode ser usado de forma geral para exaltar a resignação ou prudência de alguém.
Deve ser aplicado com cautela: não deve servir de justificação para tolerar abuso ou injustiça.
Usado em contextos morais, educativos ou familiares para recomendar silêncio perante provocações ou boatos.

Quando começaram a espalhar boatos sobre o João, ela não reagiu — acreditou no provérbio: a mulher de bondade, outrem fale e ela cale.
Num debate aceso, preferi não alimentar a polémica; a pessoa bondosa mantém-se calma e não responde a insultos.

Quem cala consente (sugere que o silêncio pode ser interpretado como aceitação).
Nem sempre o silêncio é virtuoso — por vezes é necessário denunciar injustiças.
Calar pode proteger a paz momentânea, mas não resolve comportamentos abusivos.