As tragédias dos outros são sempre uma banalidade desesperante
Critica a tendência de tratar o sofrimento alheio como algo rotineiro, pouco relevante ou passível de indiferença; aponta para dessensibilização e falta de empatia.
Versão neutra
As tragédias alheias tendem a ser percebidas como banais por observadores distantes.
Faqs
- Este provérbio tem origem conhecida?
Não há referência a uma origem clássica ou autor específica; mais parece uma formulação moderna de crítica social sobre dessensibilização. - Quando é adequado usar este provérbio?
É adequado em comentários críticos ou reflexivos sobre indiferença pública, cobertura mediática ou falta de empatia; deve evitar‑se em contextos em que possa minimizar o sofrimento real de alguém presente. - O provérbio é ofensivo?
Tem um tom acusatório ao generalizar a indiferença, pelo que pode ser sentido como ofensivo por quem se vê implicado; usar com cuidado e contextualizar a crítica.
Notas de uso
- Usado em críticas sociais para denunciar a indiferença perante calamidades alheias.
- Emprega-se em contextos reflexivos, jornalísticos ou em discursos sobre ética e mediação mediática.
- Evitar usar o provérbio como justificação para desinteresse: tem um tom acusatório que pode ferir quem sofre.
- Pode servir para chamar à ação (solidariedade) ou à autocrítica sobre a própria reação a notícias e eventos.
Exemplos
- Ao folhear as notícias, João suspirou: 'As tragédias dos outros são sempre uma banalidade desesperante', referindo-se à rápida passagem dos casos na imprensa.
- Num trabalho académico sobre media, a investigadora afirmava que, num mundo saturado de informação, as tragédias dos outros acabam por parecer banais e perder a urgência necessária para mobilizar respostas.
Variações Sinónimos
- A dor dos outros parece sempre menor quando noticiada à distância.
- A tragédia alheia transforma-se em estatística.
- A indiferença reduz o sofrimento alheio a rotina.
- Somos dessensibilizados perante o infortúnio alheio.
Relacionados
- empatia
- indiferença
- dessensibilização mediática
- banalização do mal
- sobrecarga informativa
Contrapontos
- Cada tragédia tem rosto e contexto; reduzir tudo a banalidade oculta responsabilidades.
- A reação desejável é a empatia ativa: escutar, informar-se e, quando possível, agir.
- Lembrar que o excesso de exposição mediática exige práticas responsáveis e humanas de cobertura.
Equivalentes
- inglês
Other people's tragedies always seem like a desperate banality. - espanhol
Las tragedias de los demás siempre parecen una banalidad desesperante. - francês
Les tragédies des autres paraissent toujours une banalité désespérante. - alemão
Die Tragödien anderer erscheinen immer als verzweifelnde Banalität. - italiano
Le tragedie degli altri sembrano sempre una banalità disperante.