Asno que entra em despensa alheia, levará pau em vez de aveia.
Adverte que quem se intromete para roubar ou aproveitar-se do alheio corre o risco de ser castigado em vez de obter benefício.
Versão neutra
Quem entra na despensa de outrem para roubar arrisca‑se a ser castigado em vez de obter alimento.
Faqs
- Qual é a ideia principal deste provérbio?
Que tentar aproveitar‑se do que pertence a outrem traz mais frequentemente punição ou prejuízo do que vantagem. - Em que contextos é habitual usar‑lo?
Em advertências a alguém que pensa tirar proveito do erro ou descuido alheio, ou para justificar que uma tentativa de benefício mal fundamentada pode sair cara. - É aceitável usar a palavra 'asno' hoje em dia?
Embora comum na tradição popular, 'asno' é um insulto; em contextos formais ou sensíveis é preferível usar uma versão neutra.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir contra a apropriação indevida ou a intromissão em assuntos alheios.
- Tom geralmente moralizante e popular; recorre à imagem rural (asno, despensa, aveia, pau).
- Pode ser usado de forma humorística ou como aviso sério; o termo 'asno' é pejorativo e deve ser evitado em contextos formais.
- Implica uma consequência prática — punição física ou outra sanção — pelo acto de entrar onde não se deve.
Exemplos
- Quando o empregado tentou aceder a ficheiros privados da empresa sem autorização, o gerente lembrou‑lhe: "Asno que entra em despensa alheia, levará pau em vez de aveia."
- A mãe avisou o filho que andar a mexer nas gavetas dos vizinhos não dava bom resultado — ‘asno que entra em despensa alheia...’ — e explicou as possíveis consequências legais.
Variações Sinónimos
- O burro que entra na despensa alheia sai a levar palos e sem comida.
- Quem entra na casa dos outros para roubar, leva castigo em vez de lucro.
- Quem mexe no que não é seu, acaba por sofrer as consequências.
Relacionados
- Quem semeia ventos colhe tempestades. (ações têm consequências)
- Quem vai à guerra dá e leva. (quem se envolve arrisca retribuição)
- Crime não compensa. (desencoraja o roubo)
Contrapontos
- Nem sempre quem tenta aproveitar‑se do alheio é punido; em alguns contextos, o provérbio ignora a impunidade ou a desigualdade das sanções.
- O uso do insulto 'asno' pode ser ofensivo e contribuir para linguagem pejorativa — convém evitar quando se dirige a pessoas concretas.
- Trata‑se de um juízo moral simplificado: não aborda causas sociais do roubo nem soluções legais mais complexas.
Equivalentes
- English
He who steals from another's pantry is more likely to get a beating than any food. - Español
El asno que entra en la despensa ajena, sale con palos y sin avena. - Français
L'âne qui entre dans la remise d'autrui reviendra frappé et sans avoine.