Bandido bom é bandido morto.
Afirma que o criminoso só deixa de ser 'bom' (ou aceitável) quando está morto; expressa desejo de eliminação física do réu em vez de punição legal.
Versão neutra
Criminosos devem ser responsabilizados e julgados de acordo com a lei, com respeito pelos direitos humanos.
Faqs
- Este provérbio é aceitável em linguagem pública?
Por ser um apelo à eliminação física, é problemático em contextos públicos. Pode ser entendido como incitamento à violência e é eticamente controverso; use-se com cautela e, preferencialmente, apenas para crítica ou citação contextualizada. - Tem origem histórica ou literária conhecida?
Não há fonte literária clássica identificada; trata-se de uma expressão popular contemporânea cuja origem precisa é incerta, tendo-se popularizado em discursos punitivos e manchetes sensacionalistas. - Como responder a alguém que usa esta expressão?
Pode-se responder enfatizando o estado de direito, a presunção de inocência e a necessidade de processos judiciais justos, ou oferecer alternativas que foquem na justiça e na prevenção em vez da violência. - Existem formas neutras de transmitir a mesma preocupação?
Sim. Frases como «É necessário aplicar a lei e responsabilizar os criminosos» ou «A segurança pública exige investigação eficaz e justiça» transmitem preocupação pela segurança sem apelos à violência.
Notas de uso
- Registo: coloquial, agressivo e potencialmente inflamatório; comum em manifestações, comentários de ódio e discursos punitivos.
- Não é um provérbio clássico com origem literária ou histórica clara; funciona mais como lema curto ou slogan.
- Uso público pode ter consequências legais e sociais: defende violência e pode incitar agressão.
- Em contextos jornalísticos ou académicos, deve ser citado com explicitação crítica e contextualização.
- Evitar usar a frase sem esclarecer que defende a eliminação física ou sem discussão sobre a legalidade e ética.
Exemplos
- Num debate tenso sobre segurança, ouviu alguém gritar: «Bandido bom é bandido morto», o que suscitou críticas pelo apelo à violência.
- O comentador rejeitou a expressão e propôs: «Criminosos devem ser levados à justiça», sublinhando o princípio do devido processo.
Variações Sinónimos
- Bandido bom é bandido preso.
- Bandido bom é bandido morto/preso (variação coloquial)
- Que se faça justiça, não vingança (variação crítica)
Relacionados
- Olho por olho, dente por dente
- A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena
- A justiça tarda, mas não falha (uso crítico quando contrapondo-se à violência)
Contrapontos
- Presunção de inocência: uma pessoa é considerada inocente até prova em contrário.
- Estado de direito: a punição deve ser aplicada por instituições legais, não por execuções sumárias.
- Reabilitação e prevenção: políticas que focam em reinserção podem reduzir a criminalidade a longo prazo.
- Riscos de erro judicial: medidas letais são irreversíveis caso haja condenação injusta.
Equivalentes
- inglês
A good criminal is a dead criminal. - espanhol
Bandido bueno es bandido muerto. - francês
Un bon bandit est un bandit mort.