A ganância e o comportamento de consumir ou apropriar-se do que não se possui acabam por trazer problemas ou consequências negativas.
Versão neutra
Quem, por gula ou ambição, toma ou consome aquilo que não lhe pertence acaba por ter problemas.
Faqs
O que significa exactamente este provérbio? Significa que a ganância ou a apropriação do que não nos pertence conduz a consequências negativas — vergonha, punição, perda ou problemas futuros.
Em que situações posso usar este provérbio? Use-o para advertir alguém que se está a comportar de forma gananciosa ou desonesta, ou para comentar decisões de gastar mais do que se tem. Evite em contextos em que acusações diretas possam ferir sem razão.
É um provérbio ofensivo? Não é necessariamente ofensivo, mas tem tom moralizador. Pode ser interpretado como crítica se dirigido a uma pessoa concreta, portanto convém moderação.
Tem origem histórica conhecida? Não há origem documentada específica para este provérbio na informação fornecida; faz parte da tradição oral de advertências morais comuns em várias culturas.
Notas de uso
Provérbio usado para censurar comportamentos gananciosos ou desonestos, especialmente quando alguém tira proveito do que não lhe pertence.
É frequente em contextos familiares e rurais; tem um tom moralizante e admoesta o ouvinte sobre consequências futuras.
Pode ser usado de forma literal (roubo, apropriação) ou metafórica (gastar além das possibilidades, exigir mais do que se tem direito).
Não é um insulto direto, mas serve para advertir; em contextos formais deve ser usado com cuidado por poder soar acusatório.
Exemplos
Quando o empregado começou a levar ferramentas para casa sem pedir, o patrão disse-lhe: «Bem passa de guloso o que come o que não tem».
Se gastares todo o cartão de crédito só porque queres mais do que podes pagar, lembra-te: bem passa de guloso o que come o que não tem.
Variações Sinónimos
Quem tudo quer, tudo perde.
Quem come à conta alheia, paga caro.
Quem tem gula além do que merece, acaba mal.
Relacionados
Quem tudo quer, nada tem.
Mais vale pouco e certo do que muito e incerto.
Não colhem os frutos os que os levam sem trabalhar.
Contrapontos
Quem não arrisca, não petisca. (Sugere que alguma audácia pode ser necessária, contrastando com a advertência contra a ganância.)
A necessidade aguça o engenho. (Reconhece que atos fora do usual podem ocorrer por necessidade, o que relativiza o juízo moral do provérbio.)
Equivalentes
inglês He who eats what is not his will suffer for it.
espanhol Mal acaba quien come lo que no es suyo.
francês Mal finit celui qui mange ce qui n'est pas à lui.
italiano Chi mangia ciò che non ha, finisce male.
alemão Wer isst, was ihm nicht gehört, kommt schlecht davon.