Moço guloso, mau pasteleiro.
Alerta que o apetite ou entusiasmo por algo não garante competência prática nessa actividade.
Versão neutra
Quem é guloso nem sempre é um bom pasteleiro.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa‑se para comentar situações em que alguém mostra grande desejo ou interesse por algo, mas falta‑lhe capacidade prática; é apropriado em tom crítico ou jocoso e numa conversa informal. - Este provérbio é ofensivo?
Pode ser considerado desdenhoso se usado para humilhar. É preferível usá‑lo com cuidado e, em contextos sérios, apontar a necessidade de formação ou prática em vez de rotular a pessoa. - Reflete uma verdade universal?
É uma generalização baseada na observação popular: vontade não garante competência. No entanto, o provérbio não substitui a evidência de treino, aptidão ou evolução através da prática. - Há variações regionais?
Existem formulações semelhantes e variações temáticas em português, mas a ideia central mantém‑se. A expressão exacta pode variar segundo a região e o registo.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar alguém que demonstra grande desejo ou interesse por algo, mas carece de habilidade para o executar bem.
- Tom geralmente admonitório ou jocoso; pode ser usado em contexto familiar, social ou ao comentar desempenho prático.
- Não é um juízo científico sobre capacidade; é um provérbio tradicional que generaliza a diferença entre vontade e competência.
- Evitar usar de forma pejorativa ou para humilhar alguém em situações sensíveis — é melhor apontar a necessidade de prática ou formação.
Exemplos
- O João comeu metade do teste de pastelaria e ainda assim o bolo saiu queimado — moço guloso, mau pasteleiro.
- Diziam-lhe que adorava doces, mas na cozinha faltavam técnicas básicas; foi-lhes lembrado: 'quem é guloso nem sempre é um bom pasteleiro.'
- Quando o aprendiz se ofereceu para preparar a sobremesa sem saber as bases, a chefe comentou, em tom leve, o provérbio para sublinhar a necessidade de treino.
Variações Sinónimos
- Quem é guloso não é bom pasteleiro.
- Guloso de boca, mau pasteleiro.
- Quem muito quer, pouco sabe fazer (variação temática).
Relacionados
- Quem muito abarca, pouco aperta.
- Quem tudo quer, tudo perde.
Contrapontos
- Entusiasmo pode ser um motor importante de aprendizagem — a gulodice ou o interesse inicial podem levar alguém a praticar e melhorar.
- O provérbio generaliza e não considera casos em que a pessoa, apesar de ter grande apetite, desenvolve competência com treino.
- Hoje em dia prefere‑se apontar falta de treino ou formação em vez de atribuir incompetência a traços pessoais.
Equivalentes
- Inglês
Literal: "A greedy lad, a bad pastry‑cook." (não existe equivalente perfeito; expressão usada para a ideia de entusiasmo sem competência) - Espanhol
Literal: "Mozo goloso, mal pastelero." (variante literal; sem equivalente proverbial amplamente usado) - Francês
Literal: "Jeune gourmand, mauvais pâtissier." (tradução direta; ideia semelhante sem provérbio idêntico) - Alemão
Literal: "Gieriger Junge, schlechter Konditor." (tradução literal; não corresponde a um provérbio canónico)