Bem sabe a rola em que mão pousa.

Bem sabe a rola em que mão pousa.
 ... Bem sabe a rola em que mão pousa.

Indica que cada pessoa conhece bem quem a protege, beneficia ou com quem se identifica; por isso age em conformidade.

Versão neutra

Cada pessoa sabe quem a protege ou de quem recebe benefícios.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa‑se ao comentar relações de lealdade, favores ou protecções que são óbvias para quem está envolvido, mas incompreendidas por terceiros.
  • É um provérbio ofensivo ou neutro?
    Em geral é neutro; pode ter tom crítico ou irónico se usado para insinuar clientelismo ou favorecimentos indevidos.
  • É comum em Portugal contemporâneo?
    É reconhecível como expressão proverbial tradicional; o seu uso directo pode ser mais frequente em contextos rurais, familiares ou em comentário social.

Notas de uso

  • Usa‑se para justificar ou explicar lealdades, favores ou simpatias que parecem óbvias apenas para os diretamente envolvidos.
  • Registo: tradicional e popular; pode soar proverbial/antigo, mas compreende‑se em linguagem contemporânea.
  • Emprega‑se frequentemente em contextos de clientelismo, amizades pessoais, relações amorosas ou vínculos familiares.

Exemplos

  • Quando a empresa contratou aquele amigo para o posto, os colegas comentaram: «Bem sabe a rola em que mão pousa» — era óbvio de onde vinha o apoio.
  • Ela defende sempre o vizinho; quem conhece a situação sabe por que o faz — bem sabe a rola em que mão pousa.
  • Não adianta criticar tão duramente a mãe: bem sabe a rola em que mão pousa, ela faz o que acha melhor para o filho.

Variações Sinónimos

  • Cada um sabe de si (em parte relacionada ao conhecimento pessoal das próprias razões)
  • Sabe‑se a quem se deve (variação mais direta e moderna)

Relacionados

  • Cada um sabe onde o sapato lhe aperta (sobre conhecimento pessoal e privado)
  • Quem tem padrinho não morre pagão (sobre vantagens de relações pessoais)

Contrapontos

  • Não se julga pelas aparências — nem sempre é evidente quem protege quem sem conhecer o contexto.
  • A observação externa pode ser enganadora: nem sempre a relação de dependência é óbvia.

Equivalentes

  • inglês (literal)
    The dove knows on which hand it rests.
  • inglês (paráfrase/idem)
    Everyone knows who supports them.
  • espanhol
    Bien sabe la tórtola en qué mano se posa.
  • espanhol (paráfrase)
    Cada cual sabe quién lo protege.