Quem em pedra pousa, em pedra se torna.
A companhia, escolhas ou ambientes tendem a moldar o comportamento e o destino de alguém; o que se escolhe como refúgio ou apoio pode determinar o fim ou a natureza dessa pessoa.
Versão neutra
Quem se associa a algo rígido ou pernicioso acaba por se assemelhar a isso.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para advertir sobre os riscos de se associar com pessoas, ideias ou ambientes potencialmente negativos, sobretudo em contextos informais ou em conselhos pessoais. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser; o provérbio tem um tom moralizador e pode implicar que a pessoa se tornará irreversivelmente igual ao que critica. Use com cuidado e contexto explicado. - Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada clara para esta forma específica; integra‑se na tradição oral de provérbios que alertam para a influência do meio. - Significa que não se pode mudar?
Não necessariamente. O provérbio enfatiza uma tendência: a repetida associação com algo tende a moldar‑nos, mas também reconhece‑se a possibilidade de escolha e mudança.
Notas de uso
- Usado como aviso moral ou prático sobre as consequências de se associar a pessoas, ideias ou situações rígidas ou nocivas.
- Registo: popular e proverbial; função didáctica ou admonitória. Pode soar severo, por isso evita‑se em contextos que exijam diplomacia.
- Aplicável tanto a relações pessoais (companhia) como a decisões profissionais ou escolhas de vida (lugares, hábitos).
- Quando se usa, convém clarificar a que 'pedra' se refere (pessoa, grupo, situação) para evitar ambiguidade.
Exemplos
- Desde que entrou naquela equipa em que ninguém aceita opiniões, mudou por completo: quem em pedra pousa, em pedra se torna.
- Não andes sempre com gente que só reclama e nunca age; quem em pedra pousa, em pedra se torna — arriscas perder a tua iniciativa.
Variações Sinónimos
- Quem na pedra repousa, em pedra se torna.
- Quem com pedras se deita, pedras o cobrem.
- Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és.
Relacionados
- Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és (atenção à companhia).
- Quem semeia ventos colhe tempestades (consequência de más ações).
- Manda quem pode, obedece quem tem juízo (influência do meio sobre o comportamento).
Contrapontos
- Nem sempre a companhia determina o comportamento: há pessoas que mantêm a sua identidade apesar do meio.
- A adaptação ao ambiente pode ser uma estratégia de sobrevivência, não uma perda de carácter.
- As escolhas conscientes permitem escapar ao determinismo social implícito no provérbio.
Equivalentes
- inglês
You are the company you keep / He that lies down with dogs will rise up with fleas. - espanhol
Dime con quién andas y te diré quién eres. - francês
Dis‑moi qui tu fréquentes, je te dirai qui tu es. - italiano
Dimmi con chi vai e ti dirò chi sei.