Bens de capela vão a quem tocam

Bens de capela vão a quem tocam ... Bens de capela vão a quem tocam

Quem toma posse ou reivindica algo tende a ficar com ele; quem age primeiro ou se apodera é o beneficiário.

Versão neutra

Quem reivindica ou toma posse acaba por ficar com o que tomou.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que, na prática, quem toma iniciativa ou se apodera de algo tende a ficar com o benefício. É uma observação sobre comportamento social e oportunismo.
  • Posso usar isto para justificar tomar algo que não é meu?
    Não. O provérbio descreve um facto costumeiro, não confere legitimidade legal ou moral à apropriação indevida.
  • É um provérbio ainda usado hoje?
    Sim, sobretudo em contextos informais para criticar aproveitamentos ou para sublinhar que a iniciativa costuma ser recompensada.
  • Tem uma origem religiosa, por ser ‘capela’?
    A referência a 'capela' alude a bens de pequenas comunidades religiosas; o provérbio reflecte costumes locais sobre distribuição ou apropriação desses bens, mas a origem exacta não está documentada aqui.

Notas de uso

  • Usa‑se para apontar que quem actua, reivindica ou se aproveita de uma oportunidade acaba por obter a vantagem.
  • Tem uma conotação crítica quando se refere a apropriação indevida ou oportunismo.
  • Contexto tradicional: referência a bens de uma capela ou ermida que, por costume, acabavam por ficar com quem deles tomasse conta ou os levasse.
  • Não serve como justificação legal para roubo; mais uma observação sobre práticas sociais e de facto do que uma norma jurídica.

Exemplos

  • Na reunião, ninguém exigiu o projecto, e no fim os que apareceram primeiro ficaram com as melhores tarefas — bens de capela vão a quem tocam.
  • A herança do tio foi pouca, mas como foi distribuída de imediato, quem tomou a iniciativa acabou por ficar com o que quis; bens de capela vão a quem tocam.

Variações Sinónimos

  • Quem toca, leva
  • Quem reivindica, fica com
  • Quem mexe, leva

Relacionados

  • Quem não chora, não mama
  • A ocasião faz o ladrão
  • Quem parte e reparte fica com a melhor parte

Contrapontos

  • O provérbio descreve um facto social, mas não legitima a apropriação indevida: a posse deve ser regulada por lei e por princípios éticos.
  • Em sociedades com regras formais de propriedade e processo, a simples tomada de posse não garante direitos legais.
  • Valores como justiça, mérito e transparência contrariam a ideia de que o primeiro a agir tem automaticamente direito ao melhor.

Equivalentes

  • inglês
    Finders keepers / Possession is nine-tenths of the law
  • espanhol
    El que parte y reparte se queda con la mejor parte (parcialmente equivalente)