Berimbau não é gaita.
Afirma que coisas ou pessoas diferentes têm funções, capacidades ou características distintas e não se deve esperar que cumpram o mesmo papel.
Versão neutra
Instrumentos diferentes têm funções diferentes; não se pode esperar o mesmo deles.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para apontar que não é razoável esperar o mesmo desempenho ou papel de coisas ou pessoas com características distintas. - É uma expressão formal?
Não; é de registo coloquial e mais comum em conversas informais ou em observações directas. - Tem origem conhecida?
A origem exacta não é conhecida; é uma expressão vernácula que recorre à imagem de instrumentos musicais para transmitir a ideia.
Notas de uso
- Usa-se para corrigir expectativas ou comparar competências entre pessoas, funções ou objetos.
- Tom coloquial; frequente em conversas informais e críticas construtivas.
- Não pretende desvalorizar, mas sublinhar limites e diferenças funcionais.
Exemplos
- Não peças ao contabilista para desenhar o logótipo da empresa — berimbau não é gaita.
- O Miguel é óptimo em logística, mas não é programador; berimbau não é gaita, cada um com a sua função.
Variações Sinónimos
- Um berimbau não toca como uma gaita
- Cada instrumento no seu lugar
- Não se pede a um berimbau que toque como gaita
- Cada um no seu ofício
Relacionados
- Cada macaco no seu galho
- Cada coisa a seu tempo
- Cada um sabe de si
Contrapontos
- Em alguns casos, capacidades podem ser aprendidas: com treino, alguém pode desempenhar várias funções.
- A expressão pode soar limitadora se for usada para impedir oportunidades de aprendizagem.
Equivalentes
- English
Different tools for different jobs. - Spanish
Cada cosa tiene su función (o 'No es lo mismo un berimbau que una gaita'). - French
Ce ne sont pas les mêmes choses / On n'attend pas la même chose de deux instruments différents.