Boca aberta, entra mosca ou sai asneira
Alerta para não falar sem pensar: ficando calado evita‑se dizer disparates ou causar problemas.
Versão neutra
Quem fala sem pensar pode dizer asneiras; às vezes é melhor calar‑se.
Faqs
- Em que situações é apropriado usar este provérbio?
Quando alguém está a falar impulsivamente, a revelar segredos ou a correr o risco de dizer algo imprudente; serve como aviso para reflectir antes de falar. - O provérbio é considerado rude?
Depende do tom e da relação entre as pessoas. Pode ser usado de forma brincalhona, mas se dito com reprovação directa pode ser interpretado como crítico ou condescendente. - Tem origem conhecida?
Não há origem documentada específica; é uma expressão popular baseada na imagem metafórica de abrir a boca e atrair moscas, ligada à ideia de falar sem pensar. - É aplicável em contextos formais?
Normalmente não. Em contextos formais usa‑se linguagem mais neutra, como 'é preferível ponderar antes de falar' ou 'devemos evitar comentários precipitados'.
Notas de uso
- Registo informal e proverbial; usado para advertir alguém que fala demais ou sem reflexão.
- Frequentemente dirigido a jovens ou a pessoas que revelam informações sensíveis sem cuidado.
- Aplica‑se em contextos sociais e profissionais quando é preferível a prudência verbal.
- Pode ter tom jocoso ou repreensivo, dependendo da entoação e do contexto.
Exemplos
- Quando o chefe perguntou quem tinha cometido o erro, quase lhe respondi sem pensar — lembrei‑me: boca aberta, entra mosca ou sai asneira, e calei‑me até ter provas.
- Na reunião política, ele foi interrompido para o avisarem: 'boca aberta, entra mosca ou sai asneira' — sugerindo que evitasse comentários impulsivos que podiam comprometer o grupo.
Variações Sinónimos
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem fala demais acaba por dizer asneiras
- Antes calar do que falar e arrepender‑se
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem muito fala pouco acerta
- Silêncio é ouro
Contrapontos
- Às vezes é necessário falar, mesmo correndo o risco de errar, para expor a verdade ou defender alguém.
- Manter‑se calado pode ser interpretado como consentimento ou cumplicidade ('quem cala consente').
- A prudência de não falar nunca deve impedir a denúncia de injustiças ou a defesa de direitos.
Equivalentes
- Inglês
Think before you speak; or 'Loose lips sink ships' (avisa contra falar imprudentemente). - Espanhol
En boca cerrada no entran moscas. - Francês
Mieux vaut se taire que dire des bêtises; 'La parole est d'argent, mais le silence est d'or' (parcialmente equivalente). - Alemão
Wer den Mund hält, bleibt oft verschont; ou 'Reden ist Silber, Schweigen ist Gold' (parcialmente equivalente).