Bom ano, mau ano, quatro no escano
Expressa a ideia de que fortuna e infortúnio se alternam e que, em contextos como mandatos, a permanência é por um período fixo (tipicamente quatro anos), pelo que as mudanças não são imediatas.
Versão neutra
Bons e maus anos alternam; em mandatos comuns, permanece-se no lugar durante quatro anos.
Faqs
- O provérbio refere‑se apenas à política?
Não necessariamente. É comum na política porque muitos mandatos duram quatro anos, mas também é usado popularmente para referir a alternância de bons e maus períodos em qualquer área. - Qual é a origem do provérbio?
A origem exacta não é claramente documentada. A referência aos 'quatro' sugere ligação a ciclos eleitorais de quatro anos, mas não há fonte histórica precisa conhecida. - É apropriado usar este provérbio em contexto profissional?
Sim, pode ser usado para transmitir resignação face a ciclos inevitáveis, mas convém ter cuidado: em ambientes profissionais pode soar a falta de iniciativa se usado para justificar inação.
Notas de uso
- Usado frequentemente em contextos políticos para comentar que, quer o governante tenha sucesso quer fracasse, o mandato dura geralmente quatro anos.
- Empregado também de forma geral para aceitar a alternância de bons e maus períodos, sublinhando que algumas situações têm durações fixas.
- Pode ser usado ironicamente para criticar inércia institucional ou resignação perante problemas que não são resolvidos rapidamente.
Exemplos
- O ministro teve um início difícil, os jornais criticaram, mas lembrou-se: 'bom ano, mau ano, quatro no escano' — só nas próximas eleições haverá mudança.
- Na herdade, um ano de abundância foi seguido por seca; os lavradores comentaram com naturalidade: 'bom ano, mau ano, quatro no escano'.
- Os adeptos queixavam‑se das derrotas, mas os dirigentes repetiam: 'bom ano, mau ano, quatro no escano' — o treinador só sai se houver decisão interna.
Variações Sinónimos
- Ano bom, ano mau, quatro no escano
- Bom ano, mau ano, quatro anos no escano
- Bom ano, mau ano — quatro anos no banco/assento
Relacionados
- Não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe.
- Cada um colhe o que planta.
- Quem tem um emprego, não o perde por dias.
Contrapontos
- Pode incentivar a resignação e a aceitação passiva de más práticas durante um mandato.
- Nem sempre é verdade que a permanência seja inalterável: medidas legais, processos ou pressão pública podem antecipar mudanças.
- Aplicar a expressão fora do contexto de mandatos fixos pode levar a interpretações erradas sobre responsabilidade e possibilidade de mudança.
Equivalentes
- English
Good year, bad year — four years in the seat. (Conveys alternating fortunes and the fixed length of a term) - Spanish
Buen año, mal año, cuatro en el escaño. (Similar idea sobre la alternancia y la duración del mandato)