Bom homem, mas mau alfaiate.
Diz-se de alguém que tem boa índole ou é simpático, mas não tem competência na sua ocupação (literalmente: é má pessoa para exercer a profissão de alfaiate).
Versão neutra
É boa pessoa, mas não é competente como alfaiate/profissional na sua área.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que alguém pode ser honesto, gentil ou ter boa índole, mas não ser competente ou habilidoso na sua profissão — no caso, como alfaiate. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser: é uma crítica à competência profissional. Dito de forma jocosa entre amigos geralmente é aceite, mas em contexto profissional pode ser desvalorizador ou desrespeitoso. - Quando é apropriado usar o provérbio?
Em contextos informais para equilibrar um elogio pessoal com uma observação sobre falta de aptidão técnica. Deve evitar-se quando a crítica pode prejudicar injustamente a reputação profissional. - O provérbio aplica-se só a alfaiates?
Não; o alfaiate é a imagem tradicional. O provérbio funciona como metáfora para qualquer situação em que se distingue caráter pessoal de competência profissional.
Notas de uso
- Uso coloquial e proverbioso: combina elogio moral com crítica profissional.
- Frequentemente empregado de forma irónica para explicar trabalhos mal feitos por alguém que se aprecia.
- Não deve ser usado para minimizar falhas graves: pode legitimar baixa qualidade se aplicado indevidamente.
- Registo: popular/informal; admite variações regionais.
Exemplos
- Ele trata bem os clientes e é muito honesto; contudo, as costuras depressa se desfazem — bom homem, mas mau alfaiate.
- Prefiro não lhe entregar o tecido para fazer o fato: bom homem, mas mau alfaiate, corre o risco de estragar o material.
- Precisamos de alguém que saiba cortar corretamente; elogio-lhe o caráter, mas não a habilidade — bom homem, mas mau alfaiate.
Variações Sinónimos
- Bom homem, mas péssimo alfaiate
- Bom homem, mas mau profissional
- É boa pessoa, mas não se dá bem com o ofício
- Bom de carácter, mau na profissão
Relacionados
- Casa de ferreiro, espeto de pau
- Cada macaco no seu galho
- Não se adjudicam tarefas a quem não tem jeito
Contrapontos
- Misturar caráter pessoal com competência profissional pode ser injusto: alguém honesto pode perfeitamente ser competente.
- Usar o provérbio para desculpar trabalho mal feito prejudica a exigência de qualidade e a justiça para quem trabalha bem.
- Pode ter tom paternalista ou condescendente quando aplicado a artesãos ou profissionais de baixa renda.
Equivalentes
- inglês
He's a good man, but a bad tailor. - espanhol
Buen hombre, pero mal sastre. - francês
C'est un brave homme, mais un mauvais tailleur.