Burrinho que me leve e não cavalo que me arraste

Burrinho que me leve e não cavalo que me arraste. ... Burrinho que me leve e não cavalo que me arraste.

Prefere-se uma ajuda modesta e cooperativa a uma ajuda forte que imponha ou prejudique.

Versão neutra

Prefiro ser levado por um burrinho do que ser arrastado por um cavalo.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Significa que se prefere uma ajuda ou solução modesta e cooperativa a uma intervenção poderosa que imponha condições ou cause prejuízo.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer justificar uma escolha conservadora, aceitar um compromisso limitado ou valorizar a autonomia perante ofertas demasiado condicionadas.
  • É um provérbio ofensivo?
    Não é intrinsecamente ofensivo; é uma metáfora popular. Convém evitar usá‑lo de forma depreciativa sobre pessoas (por exemplo, chamar alguém «burro») se o contexto for sensível.
  • Tem uma origem histórica conhecida?
    Não há registo claro de origem literária ou histórica; é parte da sabedoria popular transmitida oralmente.

Notas de uso

  • Usa-se para justificar a escolha de uma solução mais simples, segura ou controlável em vez de uma mais poderosa mas arriscada.
  • Registo: informal; comum em conversas do dia a dia e em contextos familiares ou profissionais informais.
  • Pode aplicar-se a relações pessoais, opções de trabalho, projectos ou apoios externos.
  • Não se refere literalmente a animais; é uma metáfora que contrasta auxílio moderado com auxílio que impõe danos.

Exemplos

  • Quando a empresa nos ofereceu um grande patrocínio com muitas imposições, ele disse: «burrinho que me leve e não cavalo que me arraste», preferindo um financiamento menor e mais autónomo.
  • Na relação, escolheu recuar antes de aceitar um compromisso que o sufocaria — burrinho que me leve e não cavalo que me arraste.

Variações Sinónimos

  • Antes o burrinho que me leve do que o cavalo que me arraste.
  • Antes um burro que me leve do que um cavalo que me arraste.
  • Mais vale o mal menor.
  • Antes o diabo que se conhece do que o que se desconhece.

Relacionados

  • Mais vale o mal menor / Mais vale um mal conhecido
  • Antes o diabo conhecido que o diabo por conhecer
  • Quem não arrisca não petisca (contraponto sobre assumir risco)

Contrapontos

  • Aceitar sempre a opção mais modesta pode impedir oportunidades de crescimento ou melhorias significativas.
  • Uma ajuda pequena pode tornar‑se insuficiente ou exploradora; nem sempre é preferível ao risco calculado de uma alternativa mais forte.
  • O provérbio pressupõe que a ajuda «forte» é necessariamente prejudicial — nem sempre é verdade; depende das condições e garantias.

Equivalentes

  • inglês
    Better to be led by a donkey than dragged by a horse.
  • espanhol
    Mejor que me lleve un burro a que me arrastre un caballo.
  • francês
    Mieux vaut être mené par un âne que traîné par un cheval.