Cada um olhe para si, e já não faz pouco.
Incentiva que cada pessoa cuide das suas próprias responsabilidades; se cada um fizer a sua parte, isso já é muito.
Versão neutra
Se cada pessoa cumprir o que lhe cabe, isso já é bastante.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que quando cada pessoa assume as suas responsabilidades, o esforço conjunto fica facilitado; fazer a própria parte é valioso. - Quando devo usar este provérbio?
Use-o para lembrar alguém a cumprir as suas tarefas ou limites, por exemplo em famílias, equipas de trabalho ou tarefas domésticas. Evite quando a situação exige solidariedade ou intervenção coletiva. - Não é um incentivo ao egoísmo?
Pode ser interpretado assim se usado para rejeitar responsabilidades sociais; o sentido tradicional enfatiza responsabilidade pessoal, não indiferença perante necessidades dos outros.
Notas de uso
- Usado para lembrar indivíduos ou grupos a cumprirem as suas funções antes de apontarem falhas nos outros.
- Tom: aconselhador ou censório, dependendo do contexto; pode ser usado de forma prática (tarefas) ou moral (responsabilidade).
- Registo: informal a neutro; comum em conversas do dia a dia e em advertências familiares ou de equipa.
- Cuidado com o uso como justificativa de insolidariedade: o provérbio valoriza responsabilidade pessoal, não necessariamente a indiferença para com quem precisa de ajuda.
Exemplos
- Num projeto de trabalho em que todos se queixavam das falhas, o chefe interrompeu: «Cada um olhe para si, e já não faz pouco» — assim evitou culpar apenas alguns.
- Quando os miúdos começaram a discutir quem tinha de limpar a cozinha, a mãe disse-lhes: «Cada um olhe para si, e já não faz pouco», lembrando-lhes que todos têm tarefas.
- Num debate sobre políticas públicas alguém advertiu que este provérbio não deve servir para abandonar a solidariedade: «Cada um olhe para si» não pode justificar a negligência dos mais vulneráveis.
Variações Sinónimos
- Cada um cuide de si
- Cada um por si
- Cada um sabe de si
- Cada macaco no seu galho
Relacionados
- Cada um por si e Deus por todos (variação com sentido diferente)
- Quem tudo quer tudo perde (sobre limites e prioridades)
- Mais vale prevenir do que remediar (sobre responsabilidade pessoal)
Contrapontos
- Pode ser usado para justificar egoísmo ou falta de apoio comunitário.
- Em situações de desigualdade estrutural, exigir que cada um 'olhe para si' ignora necessidades que requerem ação coletiva.
- Não resolve problemas que dependem de cooperação ou de decisões políticas.
Equivalentes
- Inglês
If everyone mind their own business / does their part, that's already something. - Espanhol
Cada uno mire por lo suyo, y eso ya no es poco. - Francês
Que chacun s'occupe de ses affaires, et ce sera déjà beaucoup.